Nesta quinta-feira, dia 12, em Luiz Antônio (SP), produtores da região participam do 1º Dia de Campo Nacional sobre MPB +Cana, e o objetivo principal é difundir o sistema de plantio de Mudas Pré-Brotadas. Esta já está sendo considerada a grande mudança de paradigma do setor, visto que o modelo de plantio atual tem mais de cinco séculos e não atende a critérios necessários de sanidade e produtividade.

A iniciativa é da Coplana (Cooperativa Agroindustrial), Socicana (Associação dos Fornecedores de Cana) e IAC  (Instituto Agronômico)  – Centro de Cana de Ribeirão  Preto, que desenvolveu a tecnologia. Mesmo o sistema sendo viável para o pequeno produtor, existe uma grande dificuldade, em todo o país, em fazer o conhecimento dos centros de pesquisa chegar aos vários elos da cadeia produtiva. É neste momento que entram a Cooperativa e a Associação, criando uma força tarefa para oferecer todo o suporte técnico e treinamentos para o produtor conhecer, usar as MPBs e mudar, de vez, o jeito de produzir.

No 1º Dia de Campo Nacional sobre MPB +Cana, serão apresentadas, em campos montados na lavoura, todas as etapas da produção das mudas e também o plantio mecânico, com máquinas transplantadoras, que foram adaptadas para as MPBs. Outra novidade é que estas máquinas podem ser usadas em propriedades de pequeno porte, o que contribui para a sustentabilidade da maioria dos produtores da região.

Com as MPBs, o agricultor irá produzir sua própria muda e conquistar sua autonomia em relação à usina, com ganhos adicionais como o uso de mudas sem doenças, ou seja, sanidade. Ele pode também ter renda extra, montando viveiros comerciais. Além de romper com um sistema defasado de produção, a iniciativa está gerando conhecimento que será replicado em outras regiões. Por ser o IAC um órgão do Estado e pelo compromisso social da Cooperativa e da Associação, as informações sobre os resultados e métodos estão sendo livremente divulgadas para que esta experiência possa favorecer produtores de todo o país. Portanto, é da região de Ribeirão Preto que nasce, a partir desta ação conjunta, uma lavoura de cana-de-açúcar dentro do real conceito de sustentabilidade. Será possível produzir mais sem o aumento de área.

Pelos resultados obtidos com as MPBs, muitos já se perguntam o porquê do plantio convencional ainda não ter sido banido da cultura da cana. Para o plantio de um hectare de cana, o consumo de mudas cai de 18 a 20 toneladas, no plantio convencional, para 2 toneladas no MPB. Dessa forma, 18 toneladas, que seriam enterradas como ‘mudas’, seguem para a produção de etanol e açúcar. Fonte: Ascom.