Promover  o debate sobre a importância de gerir com planejamento e cuidado a sucessão familiar no agronegócio, bem como de investir em novos processos para otimizar a produção de bovinos serão focos da 5ª Etapa do Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio, que será realizada em Bagé, no dia 13 de outubro. Promovido pelo Instituto de Educação do Agronegócio (I-UMA), com apoio do Sindicato Rural de Bagé, o encontro contará com palestras do professor Júlio Barcellos, doutor em Zootecnia e coordenador do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPRO) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que falará de Gestão, Inovação nos Sstemas de Produção da Carne Bovina, e do advogado especialista em Direito Tributário Fábio Raimundi, que abordará a condução da Sucessão Familiar no Agronegócio.

Com mais de 30 anos de atuação na área de Gestão e Sistemas de Produção no agronegócio, Barcellos destacará no encontro os principais pilares da gestão de bovinos e incentivará os participantes a adotarem novos processos em áreas como manejo, tecnologia, gestão de pessoas e comercialização, priorizando o aumento da produtividade e a utilização de menos insumos. “Não basta investir em alta tecnologia, inovação e comprar novos produtos, se os processos adotados não avançarem”, aponta o zootecnista. Segundo ele, apesar da instabilidade econômica, 2015 está sendo considerado o “ano do boi”, o que justifica ainda mais o debate de questões voltadas ao aprimoramento da produção. “A cadeia produtiva está em alta no momento e deve se preparar para enfrentar a crise. Nesse sentido, a gestão da produção tem de ser mais eficiente, adotar programas tecnológicos, sistema de remuneração por metas e de escolha de colaboradores”, informa o palestrante.

Responsável pelo segundo painel do evento, o advogado Fábio Raimundi evidenciará a preocupação que os produtores devem ter com a sucessão das gerações e a necessidade de prepará-las para assumir as rédeas dos negócios. Dados do IBGE apontam que de cada 100 empresas familiares, cerca de 30 chegam à segunda geração e apenas cinco conseguem avançar para a terceira. “O agronegócio ainda é tradicionalmente familiar, mas a mentalidade da gestão no campo precisa evoluir, no sentido de preparar as gerações futuras para assumir os negócios. Manter a competitividade exige, além de foco, profissionalizar o modo de pensar e de gerir”, enfatiza.  Segundo ele, o agronegócio é um setor mais seguro economicamente dos que os demais e com grande capacidade de expansão, o que torna fundamental a capacitação e qualificação de seus gestores. “Estamos falando de um segmento que tem potencial para elevar em 40% a produção mundial de alimentos até 2020, aumentando em 38% as exportações, em um ciclo de dez anos”, comenta.

Os circuitos promovidos pelo I-UMA percorrerão ao todo dez macrorregiões do Estado, com uma abrangência em torno de 300 municípios, envolvendo formadores de opinião, produtores rurais, dirigentes de entidades, empresários, cooperativas, universidades, estudantes, técnicos e autoridades do agronegócio, com o objetivo de trocar experiências, conhecimento e abordar as particularidades de cada região. “O agronegócio representa 40% da economia do Rio Grande do Sul. Por isso é tão importante tratar de temas relevantes ao setor”, afirma o presidente do I-UMA, José Américo da Silva.

SERVIÇO

O que: 5ª Etapa do Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio, em Bagé

Quando: 13  de outubro, a partir das 18h

Onde:  Salão Nobre da Associação e Sindicato Rural da cidade, no Parque de Exposições Visconde de Ribeiro Magalhães (Av. Portugal, 495 – Vila 2 Irmãos)

Informações e inscrições antecipadas:  (51) 3224-6111, no I-UMA