Oito de cada dez paulistanos se declaram a favor de políticas que estimulem o aumento de candidaturas de mulheres e negros. Os números, presentes na mais recente pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, mostram que 82% dos entrevistados apoiam “leis, medidas ou ações” que vão nessa direção, enquanto 10% são contra e 7% não têm opinião formada.

No último domingo, 15, a maior cidade do País elegeu 11 vereadores negros, um a mais do que em 2016. O destaque ficou para o fato de quatro desses parlamentares serem mulheres: Erika Hilton, Luana Alves e Elaine do Quilombo Periférico, do PSOL, e Sonaira Fernandes, do Republicanos.

A pesquisa Ibope mostra, por outro lado, que apenas pouco mais da metade da população (56%) sabe da existência de iniciativas que estimulem um maior envolvimento de mulheres e negros na política brasileira. Existe no País, por exemplo, a obrigação de que pelo menos 30% das candidaturas dos partidos sejam de mulheres.

Em setembro deste ano, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que as legendas devem distribuir de forma proporcional o dinheiro público do fundo eleitoral e o tempo no horário eleitoral gratuito entre seus candidatos brancos e negros. Embora correspondam a mais da metade dos brasileiros, os negros são apenas 24% dos deputados federais e 29% dos estaduais eleitos em 2018. Os dados estão do estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Avaliação

Um em cada três paulistanos considera a gestão do prefeito Bruno Covas ótima ou boa. Para 20%, o governo é ruim ou péssimo, e 43% o consideram regular.

Desde o início de outubro, a percepção sobre a prefeitura melhorou. A taxa de ótimo/bom subiu de 27% para 33%.

Em relação ao governador do Estado, João Dória, os paulistanos são mais críticos. Para 50%, a gestão é ruim ou péssima, e boa ou ótima para apenas 16%.

O presidente Jair Bolsonaro também enfrenta desgastes: nada menos que 54% dos moradores da cidade consideram seu governo ruim ou péssimo. Outros 21% acham que a gestão é boa ou ótima.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.