14/12/2020 - 13:46
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, que a entrega do estudo conclusivo do Butantan sobre a CoronaVac no dia 23 de deste mês, e o pedido de registro definitivo, no mesmo dia, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), visa garantir agilidade no processo de certificação não apenas no Brasil, mas em outros órgãos internacionais.
Com essa estratégia, a vacina não deverá ter certificação para uso emergencial, mas definitivo e poderá ser exportada para outros países. A mesma solicitação – de registro definitivo – será igualmente levada à NMPA (National Medical Products Administration), instituição chinesa responsável pela regulação de medicamentos.
“Os brasileiros querem agilidade, querem as vacinas e sua proteção. Não aguentam mais viver em meio a uma pandemia que mata, hoje, mais de 600 brasileiros por dia”, afirmou o governador paulista. “Quanto mais rápido vacinarmos de forma segura e planejada, mais vidas serão salvas no Brasil. Vamos vacinar imediatamente, começando em janeiro e com as vacinas que estiverem disponíveis, não importa a sua origem”, emendou.
Segundo o governador, a decisão atende a uma recomendação do comitê internacional independente que acompanha a pesquisa desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan e a biofarmacêutica Sinovac Biotech, da China. Ele informou que o instituto brasileiro e a empresa chinesa decidiram encerrar a fase três do estudo clínico no País nesta semana, já que o patamar ideal de 154 voluntários com diagnóstico positivo de coronavírus foi superado.
De acordo com informações do governo paulista, hoje, a fase 3 do Butantan registra 170 voluntários contaminados. O estudo conclusivo vai medir a taxa de eficácia do imunizante comparando quantos receberam a substância inócua e quantos tomaram a vacina. A taxa mínima recomendada pela própria Anvisa é de 50% como parâmetro de proteção.
A expectativa do governo Doria é obter o registro da vacina do Butantan até o final deste ano. “O Plano Estadual de Imunização prevê início da campanha em 25 de janeiro, com a autorização da Anvisa ou de órgãos internacionais equivalentes, conforme previsto na legislação brasileira”, diz o governo paulista.