Safra 2015
Mais café em Rondônia

O Estado de Rondônia vai colher 1,8 milhão de sacas de café conilon, em 2015, volume 26% acima de 2014. No entanto, em uma área menor, o que mostra um crescimento expressivo da produtividade da lavoura, que quase decuplicou nos últimos quatro anos. Há cinco anos, eram cultivados 154 mil hectares, ante os atuais 87,6 mil hectares. Para o pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves, está ocorrendo uma revolução na cafeicultura. “O amadorismo, aos poucos, é substituído pelo empreendedorismo”, diz Alves. No mês passado, a entidade começou a apresentar aos 22 mil produtores locais uma nova cultivar, a conilon BRS Ouro Preto, sua mais recente aposta a cultura, para nos próximos anos.  São 15 clones adaptados ao clima e solo da região, e ainda mais produtivos que as atuais variedades.

Cana-de-açúcar
Energia no canavial

Até o final do ano, a GranBio, empresa controlada pela família baiana Gradin, de Barra de São Miguel (AL), vai colocar no mercado sua  a primeira variedade  de cana-energia, batizada de  Cana Vertix. A variedade, adequada à produção de etanol de segunda geração, chega a conter 30% a mais de fibra que a cana convencional. As pesquisas com essa variedade vêm sendo desenvolvidas, desde 2012, pelas subsidiárias BioCelere  e BioVertis.

Software
Agroquímico na dose exata

O Instituto Agronômico de Campinas, órgão da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, lançou um software inédito para auxiliar o agricultor a  fazer pulverização de agroquímicos. Chamado de DropScope, por enquanto, os recursos do software são compatíveis para as lavouras de grãos, fibras e cana-de-açúcar. As  próximas versões serão voltadas à  pulverizações de árvores e arbustos, como citros e café. A ferramenta custa R$ 6,5 mil.

Bebida
Vinho campeão

No mês passado, a Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licores (WAWWJ, na sigla em inglês), divulgou o ranking dos 100 melhores vinhos do mundo, elaborado com base nos resultados de 74 concursos da bebida. Dois brasileiros estão entre os top ten e outros dois ocupam posições entre os 100 melhores, todos produzidos no Rio Grande do Sul. Da vinícola Aurora, de Bento Gonçalves, destaque para o  Marcus James Espumante Brut, na sétima posição geral, e na nona o Espumante Garibaldi Prosecco Brut, da Cooperativa Vinícola de Garibaldi.

Marketing internacional
Zebu para o mundo

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) renovaram, no mês passado, o convênio Brazilian Cattle Genetics, celebrado em 2003 para promover a genética zebuína no mundo. Em 2014, as ações no exterior geraram uma receita de US$ 420 milhões, com a vendade sêmen, embriões eanimais vivos.

Leite
Gado genômico

A ação é inédita no País. Desde o mês passado, a central CRV Lagoa, de Sertãozinho (SP), empresa belgo-holandesa de biotecnologias, passou a realizar o acasalamento de bovinos em seu programa SireMatch, para gado leiteiro, utilizando as informações do teste Clarifade Leite, da multinacional americana de saúde animal Zoetis. O Clarifade é um dos mais populares testes genômicos do mundo, composto por cerca de 19 mil marcadores de DNA, para 30 características de produção, entre elas gordura, proteína, longevidade e persistência de lactação.

Marca
Olha a Perdigão aí

Depois de quatro anos com restrições no mercado, a marca Perdigão está livre para circular nas gôndolas do varejo. A suspensão, que foi cancelada em 2 de julho, havia sido determinada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, quando a empresa assumiu o controle da Sadia, dando origem à  BRF, que no ano passado faturou R$ 29 bilhões. À época, a Perdigão estava presente em 60% do mercado de alimentos processados, como linguiças, presuntos e cortes de carnes suínas. Em seu retorno às gôndolas, passará a atuar em 83% das categorias.

ETANOL
Menos CO2 o ar

A utilização do etanol evitou, nos últimos 12 anos, a emissão de mais de 300 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Para atingir essa mesma redução com o cultivo de árvores, seria preciso plantar e manter ao longo de 20 anos mais de 2,1 bilhões de plantas  nativas. A informação é baseada em dados do Carbonômetro, ferramenta criada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar para acompanhar a quantidade de poluente que deixou de ser emitida com o uso do etanol nos veículos Flex.

COOPERATIVISMO
Gaúchos com receita em alta

Impulsionadas pelos investimentos dos últimos cinco anos, as cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul estimam faturar R$ 21,5 bilhões em 2015, uma alta de 8,6% ante o resultado de 2014, segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado. O setor segue demandando crédito para novos projetos e aumentou em 11% as contratações de financiamentos, no primeiro semestre deste ano, com R$ 190,7 milhões, em comparação com o mesmo período do ano passado.

HORTALIÇAS
Preços esfriam

No mês passado, os preços das principais frutas e hortaliças comercializadas no atacado apresentaram tendência de queda, apesar desse cenário nem sempre  se refletir no bolso do consumidor. É o que aponta o 4º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Centrais de Abastecimento (Ceasas). De acordo com o documento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento, de maneira geral há um arrefecimento nos preços dos produtos analisados.

JOSÉ ZEFERINO PEDROZO
Na liderança 

Em julho, o administrador José Zeferino Pedrozo assumiu o seu sexto mandato à frente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). Ele fala sobre as conquistas e desafios do Estado.

Qual será o desafio nos próximos quatro anos?
Aumentar a produtividade. Santa Catarina não tem condições de expandir a área cultivada. O caminho é ganhar escalaw na agricultura e na produção de carne.

Como isso será possível?
Precisamos investir em tecnologia, usufruir do conhecimento de entidades como a Embrapa, fazer parcerias com o Sebrae. Cerca de 90% da nossa produção vem da agricultura familiar. Muitos produtores precisam se profissionalizar. Vamos investir em capacitação, promover a inclusão digital e o ensino à distância.

Santa Catarina vai continuar como uma referência em sanidade animal?
Sim, a nossa maior conquista é o status sanitário. Estamos na vanguarda da sanidade bovina, como zona livre de febre aftosa, e agora também referência em suínos. Em julho, o Estado recebeu o certificado de território  livre da peste suína clássica, juntamente com o Rio Grande do Sul.

Os catarinenses serão ainda mais competitivos?
O Centro-Oeste tem uma grande produção de milho e de soja, que permite custos mais competitivos para a produção de carne. Mas, nós temos o capital humano, que é imbatível. Agora, estamos lutando para ter uma melhor infraestrutura e vamos crescer.