SEGURO RURAL
Recurso extra para o produtor

O governo federal aumentou os recursos destinados à contratação coletiva do seguro rural para a soja na safra 2016/2017. Em março, foi anunciado que os produtores terão à disposição R$ 32 milhões, R$ 2 milhões a mais que na safra passada. Muito utilizada pelas cooperativas, nesta modalidade de seguro o agricultor pode negociar as taxas de prêmio e as condições das apólices por meio de uma entidade de sua escolha.

CARNE
Americanos vão para Cuba

No mês passado, a visita do presidente americano Barack Obama a Cuba não foi apenas diplomática. As relações comerciais entre os dois países, abertas desde 2001, são insignificantes comparadas ao seu potencial. Mas Obama quer mudar essa realidade. No ano passado, a ilha, que importa 80% dos alimentos consumidos, comprou dos americanos apenas US$ 180 milhões em produtos, muito menos do que países como Brasil e Argentina, por exemplo.

ARMAZÉNS
Contagem um por um

Até novembro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, vai gastar R$ 1 milhão em um censo para mapear as condições dos armazéns públicos e privados nas principais regiões produtoras. Atualmente, 5,3 mil armazéns em 767 municípios estão cadastrados na Conab. Com o censo, será possível dimensionar, por exemplo, a atual capacidade estática da armanezagem no País, quais são os sistemas de pesagem e a segurança do setor.

INTERNACIONAL
Mais BRF na Argentina

A BRF anunciou no final de março a compra da Calchaqui, uma das mais tradicionais empresas argentinas do setor de frios à base de suínos,detentora da marca que leva o seu nome mais a marca Bocatti. O negócio está avaliado em US$ 104 milhões. Na Argentina, a BRF já trabalha com as marcas Sadia, Paty e Vienissima, de hambúrguer bovino e salsicha, respectivamente, com seis unidades de produção. As operações da BRF Latam renderam R$ 2,1 bilhões no ano passado, cerca de 6,5% da receita global da companhia.

CARNE
Minerva em alta

A agência americana de análise de risco Standard & Poor’s elevou a posição de crédito do grupo frigorífico Minerva Foods de “brA” para “brA+”. A agência manteve a nota de risco de crédito global do grupo em “BB-”, mas alterou a perspectiva de “estável” para “positiva”. A mudança de posição se deu em função do aumento gradual na escala de produção e na diversificação geográfica da Minerva Foods. Presente no Brasil, Colômbia, Uruguai e Paraguai, o grupo abate 24,7 milhões de bovinos por ano. Em 2015, a receita foi de R$ 9,5 bilhões.

BIODIESEL
Energia no tanque

No mês passado, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que aumenta de 7% para 10% a mistura de biodiesel ao diesel fóssil. O prazo para o setor se adaptar vai até 2019. Com isso, a demanda por biodiesel no Brasil deve chegar a 7 bilhões de litros por ano, 43% a mais do que atualmente é necessário na mistura chamada de B7. De autoria do senador Donizeti Nogueira (PT-TO), o projeto deve ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff.

Mercado mais robusto


A venda de sêmen  bovino cresceu 4,7% em 2015. Os segmentos de corte e leite comercializaram 12,6 milhões de doses, ante 12 milhões no ano anterior. O desempenho do mercado foi apresentado no mês passado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA). O resultado do ano foi puxado pelo segmento de corte que cresceu 16% em 2015: passou de 7,1 milhões de doses para 8,2 milhões. A venda de sêmen  leiteiro, no entanto, fez o caminho inverso e caiu 12%: foram 4,3 milhões de doses no ano passado, ante 4,9 milhões em 2014.

VACA LOUCA
A doença ronda a Europa

No final de março, o governo da França confirmou um caso de encefalopatia espongiforme bovina (BSE, em inglês), doença degenerativa conhecida como Vaca Louca. O animal tinha cinco anos e morreu na região de Ardennes, no norte do país. O governo declarou que o caso é isolado e não representa risco de disseminação no rebanho, mas a doença provoca pânico entre os produtores. Nos anos 1990, a Europa enfrentou uma epidemia na doença, com cerca de 400 mil animais infectados, isolando do mundo a pecuária desse continente.

CAFÉ
Colheita antecipada

O Conselho Nacional do Café pediu ao governo federal maior agilidade na liberação de financiamentos vinculados ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira. O motivo é que o início da colheita desta safra está sendo antecipado para o final do mês de abril. O início, em geral, ocorre entre o final de maio e o início de junho. O orçamento previsto para as linhas de financiamento na safra 2016 é recorde. São R$ 4,6 bilhões, 12% acima do orçamento de 2015.

MATO GROSSO
Rastreabilidade garantida

Depois de criar o Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac) no começo do ano, o governo de Mato Grosso anunciou no mês passado o selo “Carne de Mato Grosso”. A partir do Sistema Eletrônico de Informação das Indústrias de Carne, em desenvolvimento até o final de 2016,  será garantida a rastreabilidade da produção.

FLORESTA
Potencial paulista

De acordo com estimativa preliminar da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA), o mercado de produtos florestais, mais especificamente as madeiras de eucalipto e pinus, renderam R$ 2,5 bilhões em 2015. Com isso, a atividade ocupa a quarta posição no ranking do valor da produção agropecuária, demonstrando o potencial do segmento para a economia paulista.

AVICULTURA
Foco no Oriente

O grupo avícola GTFoods, um dos maiores do setor no Paraná, decidiu apostar no abate de frangos mais leves, do tipo “griller”, para atingir mercados asiáticos. Para isso, a partir deste ano a empresa está mudando o perfil da unidade de Paraíso do Norte (PR), que passa a trabalhar com aves de cerca de 1,5 quilo, metade do peso tradicional. A GTFoods, que no ano passado faturou R$ 1,7 bilhão, quer chegar a R$ 2,3 bilhões neste ano.