Melhores da Terra
Gerdau premia vencedores

O Prêmio Gerdau Melhores da Terra, concedido pela metalúrgica Gerdau para produtos inovadores no setor de máquinas e equipamentos agrícolas, foi entregue em 31 de agosto, em Sapucaia do Sul, RS. Guilherme Gerdau Johannpeter, vice-presidente executivo da Gerdau e coordenador do prêmio, destacou o aumento de 50% nas inscrições, que chegaram a 1,2 mil nesta edição, “Isso é resultado da retomada de investimentos e também da decisão de transformar o prêmio em bianual, mudança que implementamos em 2014”, diz. A comissão julgadora percorreu 44 mil quilômetros para escolher os vencedores nas categorias Destaque, Novidade Expointer e Pesquisa e Desenvolvimento.

Basf
Vendas crescem 75%

Na última década, as vendas da divisão de proteção de cultivos da multinacional alemã Basf cresceram 75%, passando de 3,3 bilhões de euros para 5,8 bilhões de euros. O incremento foi anunciado durante conferência global realizada em Ludwigshafen, na Alemanha, no começo de setembro. “Este desempenho excepcional mostra que cumprimos com nossas promessas”, disse Harald Schwager, membro da Diretoria Executiva da BASF SE. A empresa estima que o pico de venda de produtos de proteção de cultivos, lançados entre 2015 e 2025, será de 3 bilhões de euros.

Elanco
Fim dos antibióticos compartilhados

Até o fim de 2016, a Elanco, divisão de saúde animal da Eli Lilly, deixará de fabricar antibióticos de uso compartilhado (humano e animal) administrados como promotores de crescimento. No Brasil, a empresa tem apenas um produto com este perfil, o Tylan 40. “Somos a primeira companhia a fazer isso. Abriremos mão de um produto que é um dos principais da empresa”, diz Karla Camargo, diretora de acesso a mercado da Elanco. A intenção tem como foco evitar a possibilidade de transferência de resistência de antibióticos de animais para humanos durante a ingestão do alimento.

Petrobras
Fora da área de fertilizantes e biocombustíveis

O Plano de Negócios e Gestão da Petrobras para o período entre 2017-2021 prevê a retirada total da empresa dos setores de produção como os de biocombustíveis e fertilizantes. O argumento do conselho de administração é que a estatal deve “preservar competências tecnológicas em áreas com maior potencial de desenvolvimento”. Para deixar esses setores, a Petrobras terá de colocar ativos a venda.

Etanol
F&S Bioenergia deve inaugurar usina

A Joint venture entre a brasileira Fiagril e a gestora americana Summit Agricultural, a F&S espera concluir até junho de 2017 a sua primeira usina de etanol de milho. A unidade teve aporte de R$ 450 milhões e está sendo construída em Lucas do Rio Verde (MT). O projeto prevê ainda a produção de farelo de milho e a geração de energia elétrica a partir da biomassa.

Fertilizantes
Vale deve vender divisão

O conselho de administração da Vale aprovou a venda do setor de fertilizantes da empresa. O possível comprador é o grupo americano Mosaic. Segundo estimativas do mercado, o valor do negócio pode chegar a US$ 3,5 bilhões, sendo que US$ 2 bilhões seriam pagos em dinheiro para a empresa brasileira. O restante seria pago em ações. A Mosaic é a maior produtora de fosfato concentrado do mundo. O setor de fertilizantes representou 8,7% da receita da Vale no ano passado.

Praga
Árvores eliminadas

Os sintomas de greening (doença causada por bactérias que atinge pés de laranja, limão e tangerina) obrigaram os produtores paulistas a eliminar mais de 1,9 milhão de árvores citrícolas no primeiro semestre deste ano.Os dados são da Coorde-nadoria de Defesa Agrope-cuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. São Paulo concentra 85% da produção brasileira de laranjas e 180,2 milhões de árvores citrícolas.

Dow e DuPont
Prazo suspenso

O órgão regulador de concorrência da União Européia suspendeu o prazo para a análise da fusão entre a Dow Agrosciences e a DuPont. As empresas não enviaram para a Comissão Europeia os documentos necessários para a análise de quais seriam os impactos da fusão nos mercados nos quais ambas atuam. O prazo para o envio dos dados venceu no início deste ano.

Lácteos
Déficit cresce

O déficit da balança comercial no segmento lácteo atingiu US$ 301 milhões nos oito primeiros meses do ano. O valor já é três vezes maior do que o apresentado no mesmo período no ano passado. Só em agosto, foram US$ 66,7 milhões em importações, quase o dobro do mesmo mês em 2015. A receita brasileira com exportações de lácteos caiu US$ 20,4 milhões no mesmo comparativo. Os países que mais vendem leite para o Brasil são Uruguai e Argentina. 

Barcarena
Porto deve embarcar 10 milhões de toneladas

Com o começo das operações da hidrovia no rio Tapajós, a empresa Hidrovias do Brasil espera que 10 milhões de toneladas de grãos sejam exportadas pelo porto de Barcarena (PA) ao longo da safra 2016/2017. A expectativa da companhia é que a capacidade operacional chegue a 40 milhões de toneladas até 2020. A hidrovia será importante para o escoamento da produção de Mato Grosso.

Senepol
Abates técnicos

A Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol (ABCB Senepol) divulgou no seu perfil no Youtube uma série de vídeos de abates técnicos da raça para demonstrar a qualidade da carne. Os abates avaliaram animais de três categorias: machos PO precoces de 18 meses em 140 dias de confinamento; novilhos S1 de 16 meses, filhos de touros senepol em vacas zebuínas e com 150 dias de confinamento; e novilhos e novilhas S2 superprecoces de 15 meses, filhos de touros senepol em vacas cruzadas angus e zebu que ficaram 130 dias confinados.

Algodão
Centro de referência no Brasil com dinheiro dos EUA

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão inaugura em dezembro, em Brasília, o Centro de Referência de Análise de Algodão (CBRA). O centro foi construído com recursos vindos dos Estados Unidos, graças à condenação daquele país na Organização Mundial do Comércio (OMC) por subsídios abusivos dados aos seus produtores de algodão. O CBRA teve investimentos da ordem de R$ 20 milhões.

Congresso
Brahman e nelore juntos

Os criadores das raças nelore e brahman realizaram, no mês passado, congressos de produtores em Uberaba (MG). A Expoinel está em sua 45ª edição anual, enquanto a Expobrahman está na sua 12ª edição. Os eventos contaram com leilões e premiações para os melhores produtores. Na ocasião, a editora da Dinheiro Rural, Vera Ondei, recebeu a comenda Amauri Dimarzio, em reconhecimento a sua contribuição para a divulgação raça brahman no País.

CTNBio
Transgênico da Monsanto aprovado

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou o uso no Brasil do milho transgênico MON87411, produzido pela multinacional Monsanto e já comercializado nos Estados Unidos. A liberação de outras duas variedades de milho geneticamente modificado, produzidas pela Monsanto e pela Syngenta, deve ser analisada na reunião de outubro. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é autora dos pedidos de autorização das exportações, por conta da escassez no mercado nacional do cereal, essencial para a ração dos animais.

Milho
Bunge compra grupo mexicano

O grupo americano Bunge anunciou um acordo para a aquisição do controle acionário do grupo mexicano de processamento de milho Minsa. Com quatro fábricas no México e duas nos Estados Unidos e capacidade para processar 700 mil toneladas desse grão por safra, a Minsa é um dos principais produtores de farinha de milho do mundo. Não foi divulgado o valor do negócio. A Bunge espera que a aquisição, que ainda depende da autorização do órgão mexicano antitruste, seja concluída até o fim de 2017.

Itaueira
Melão certificado

A Itaueira, produtora dos melões e mini melancias da marca REI, conquistou a certificação Rainforest Alliance, que reconhece os padrões de preservação do meio ambiente e proteção dos trabalhadores. A empresa é a primeira produtora sul-americana de melões a obter tal certificação. Entre os quesitos avaliados estão, manter ou aumentar a cobertura por árvores e a qualidade do solo, prevenir erosão, reduzir o uso de químicos e proporcionar o acesso à educação e serviços de saúde de trabalhadores e familiares.

Em busca de novos mercados
O presidente da Viva Lácteos, Marcelo Martins, fará parte de uma comitiva com representantes do Mapa que viajará ao Japão em busca de oportunidades para os produtos agropecuários brasileiros. Martins falou à DINHEIRO RURAL:


Marcelo Martins presidente da Viva Lácteos

O que o mercado japonês representa para as indústrias brasileiras? 
O Japão é um mercado muito importante para quem trabalha com queijo. Nossa intenção é mostrar o que a indústria brasileira tem a oferecer, visando à abertura deste mercado. Os japoneses compram esse produto de países asiáticos e esta seria uma grande oportunidade para a indústria brasileira. 

A Rússia já é um mercado importante para os produtos lácteos nacionais. Como está a negociação com o país?
Nossa intenção é pedir a readequação do certificado sanitário internacional, para que possamos habilitar novas plantas. Também conversaremos com representantes da Armênia, país com o qual não temos relações comerciais, mas que representa um mercado interessante para o Brasil. Queremos que eles aprovem a entrada de produtos brasileiros no país com os mesmos critérios praticados pela Rússia, inclusive as plantas já habilitadas para os russos.

Por que é importante garantir a habilitação das unidades antes do mercado estar aberto?
Assim estaremos prontos quando essa oportunidade se abrir para o Brasil. Também estamos em negociação com a China. Hoje exportamos para América Latina e oeste da África, mas queremos chegar a mercados maiores.