30/11/2016 - 11:56
O Brasil tem algumas das melhores faculdades de veterinária e agronomia do mundo. São elas que formam os profissionais que buscam soluções para os desafios da agropecuária
Roberto Rodrigues
A presença do engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, 74 anos, é unânime e indispensável em qualquer evento, grupo ou associação do agronegócio. E não é para menos: Rodrigues possui em currículo invejável de mais de meio século dedicado a agropecuária. O ex-ministro da Agricultura, atualmente é o coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas e embaixador especial da FAO para o Cooperativismo, além de ser um ícone da defesa do agronegócio nacional. Para ele, o Brasil é o maior protagonista para liderar a produção de alimentos no mundo.
Maurício Antonio Lopes
Um dos maiores centros de pesquisa está aqui no Brasil. E a agropecuária é o seu principal foco de estudo. Quem comanda a rede de 2,5 mil pesquisadores e 46 unidades da estatal Embrapa há quatro anos é o engenheiro agrônomo Maurício Antonio Lopes, 55 anos. Foi dos laboratórios da instituição que saíram grandes inovações, como a primeira soja e feijão transgênicos do País. Agora, a Embrapa se une com a americana Qualcomm para estudar drones para a agropecuária. Lopes explica que tem focado sua gestão em parcerias para desenvolver soluções para a agropecuária.
Fernando Penteado Cardoso
Ser um personagem vivo da história do agronegócio é para poucos. Aqui no Brasil esse título fica a cargo do engenheiro agrônomo Fernando Cardoso Penteado. Dos seus 102 anos de idade, 80 anos foram especialmente dedicados ao setor. O fundador da Manah Fertilizantes, hoje dedica-se a estudos de práticas agrícolas sustentáveis na fundação Agrisus, criada por sua família há 69 anos. Penteado se considera um apaixonado pela agronomia, acompanhando todas as novidades e querendo saber mais ainda mais.
José Américo da Silva
Inspirado no lema “aprender fazendo” do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, o economista José Américo da Silva, comanda o Instituto Universal de Marketing em Agribusiness (I-Uma), de Porto Alegre (RS). Com um investimento de R$ 5 milhões, este ano a instituição lançou uma plataforma online inédita de educação à distância, o Agroeduc. A ideia é criar condições para aumentar a renda familiar e desenvolver o espírito empreendedor nos jovens ligados ao campo, por meio de jogos eletrônicos.
Antonio Roque Dechen
Por três anos, o engenheiro agrônomo Antonio Roque Dechen comandou a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, de Piracicaba (SP), uma das maiores instituições de pesquisa agropecuária do planeta. Atualmente, Dechen preside a fundação Agrisus e o Conselho Científico para a Agricultura Sustentável (CCAS), criado em 2011 para fortalecer a divulgação das inovações para o melhor desenvolvimento da agropecuária. Para Dechen, o agronegócio é o setor que mais cresce e movimenta a economia do País. Por isso o investimento em tecnologia e infraestrutura se faz cada vez mais necessário.
Jiro Nishimura
Está nas mãos do empresário Jiro Nishimura, integrante do Conselho de Administração do grupo Jacto, o posto de presidente da Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia (FSNT), em Pompeia (SP). A instituição de cerca de 85 hectares é uma das grandes referências no País em formação de nível de ensino superior em mecanização de agricultura de precisão. A instituição tem tudo para se tornar um pólo de tecnologia, onde os alunos possam desenvolver na prática tudo o que aprendem em sala de aula.
Elibio Leopoldo Rech Filho
O agrônomo Elíbio Leopoldo Rech Filho, da unidade Recursos Genéticos e Biotecnologia da Embrapa, é um dos pesquisadores mais atuantes no País. Nos últimos anos, ele esteve à frente dos estudos que levaram ao lançamento comercial da primeira soja transgênica desenvolvida no Brasil, o que ocorreu na safra 2015/2016. Seus estudos também estão mostrando que a soja, rica em proteína, também pode ser rica em óleos vegetais nobres, como é o azeite de oliva. Além disso, no ano passado, ele foi o responsável pela apresentação dos primeiros resultados de uma molécula que pode ser inoculada na soja e que é capaz de impedir a multiplicação do vírus da Aids, o HIV.
“A maximização da produtividade, de forma sustentável do ponto de vista social, ambiental e econômico, depende da interação entre planta ou animal e do ambiente de produção. Sendo o efeito da intervenção realizada pelo homem, dependente do conhecimento para a compreensão da complexa relação entre os diferentes processos que ocorrem na natureza. O desenvolvimento científico é o preparo para o futuro. A sua transformação em riqueza para o bem comum de toda sociedade é o grande desafio e ao mesmo tempo a certeza do porque acreditar no agronegócio, propiciando o estabelecimento de novos valores, novos desafios e novas oportunidades no setor agrícola. A ciência continuará sendo a principal ferramenta norteadora de desenvolvimento de tecnologia, orientando as ações de manejo dos profissionais da agricultura e da pecuária que trabalham no campo.”