Foi publicada ontem no Diário Oficial da África do Sul a nova tabela de tarifas de importação para cinco linhas de produtos de carne de frango (carcaças, frango inteiro, cortes com osso, cortes desossados e miúdos).
Para a carcaça de frango, a tarifa passou de  27% para 31%; frango inteiro, de 27% para 82%; cortes de frango desossados, de 5% para 12%; fígados, corações e miúdos de frango, de 27% para 30% e cortes de frango com osso
ficou em 37%.

O Brasil é o maior fornecedor externo de carne de frango para a África do Sul. Em 2012, o Brasil exportou 186 mil toneladas, gerando receita de US$ 156 milhões. Parte importante destas exportações serão afetadas pelo aumento
das tarifas sul-africanas.³Se considerarmos os volumes exportados nos últimos dois anos, estimamos que as exportações brasileiras pagarão cerca de US$ 15 milhões a mais de tarifa por ano para entrar no país. Além disso,
podemos perder algo próximo de US$ 50 milhões anuais de participação de mercado para os europeus, pois a União Europeia e a África do Sul possuem acordo comercial bilateral, que permite que a carne de frango da Europa
entre na África do Sul com zero de tarifa de importação² explica Ricardo Santin, diretor de Mercados da União Brasileira de Avicultura (UBABEF). ³Os exportadores brasileiros, além dos importadores, processadores e distribuidores da África do Sul, sofrerão graves danos com a medida, mas sem dúvida nenhuma o mais prejudicado será o consumidor sul-africano, que terá menos acesso a uma fonte de proteínas saudável e de alta qualidade, que é a carne de frango do Brasil², complementa Francisco Turra, presidente da UBABEF.

A carne de frango importada do Brasil foi alvo de investigação de dumping feita pelas autoridades sul-africanas entre 2011 e 2012, cujo desfecho foi a não aplicação de taxas de dumping à entrada de produtos brasileiros. Descontentes com esse resultado, algumas empresas de carne de frango da África do Sul solicitaram ao governo o aumento das tarifas, o que foi atendido pela publicação de ontem. Fonte: Ubabef