Orgânicos

Parceria de titãs

Dois gigantes do mundo dos orgânicos decidiram juntar as experiências para estimular a venda dos produtos no mercado interno. São eles: Pierre Landolt, dono da fazenda Tamanduá e acionista da Novartis, e Paulo Vilela, fundador da Cia. Orgânica de Café. Juntos, eles criaram a empresa Bio Gourmet, que trabalhará com multimarcas e venderá seus produtos em quiosques dentro de centros comerciais. Os empresários também vão dar oportunidade aos pequenos produtores que não conseguem entrar nos supermercados.

Irrigação

ANA com mais poder

No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 12.058/2009. Ela dá mais poder à Agência Nacional de Águas (ANA), que passa a responder pela regulamentação e fiscalização dos serviços de irrigação, quando envolver corpos d’água de domínio da União em regime de concessão. A ANA fará as instruções normativas do setor.

Biocombustíveis

Querosene de óleos vegetais

A Faculdade de Engenharia Química da Universidade de Campinas desenvolveu a partir de óleos vegetais um bioquerosene que poderá se tornar o combustível de aviões. As vantagens são várias. Além de mais econômico, o produto é menos poluente do que o querosene atualmente utilizado na aviação. A patente da tecnologia já foi depositada pela Agência de Inovação da universidade.

Bioenergia

Novo marco regulatório

“Um marco regulatório para os biocombustíveis é fundamental para que o setor possa alavancar investimentos com segurança.” O autor da frase é o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone. Para ele, a ausência de uma regulamentação é uma fragilidade que deve ser sanada. Marcos Jank, presidente da Unica, diz que o setor e o governo estão desenvolvendo instrumentos tributários e de comercialização.

Motores no campo

Strada com mais espaço e menos carga

Com design robusto, o recém-lançado Fiat Strada Adventure cabine estendida já responde por 60% das vendas da montadora no segmento. O motor é o Fire 1.8, com potência de 112 cavalos na gasolina e 114 cavalos no álcool. Dentro da cabine, bancos de couro e computador de bordo. A má notícia é que o volume de carga foi sacrificado em nome do conforto interno. Assim, a capacidade da caçamba foi reduzida de 830 litros para 580 litros. O preço sugerido é de R$ 46 mil.

e mais…

Máquinas em alta

De acordo com a Anfavea, as vendas de máquinas agrícolas no Brasil subiram 7,9% em setembro em relação a agosto.

Reversão da crise

Para Luiz Aubert, presidente da Abimaq, em setembro as vendas de máquinas e equipamentos já mostram uma tendência de reversão da crise.

Café

Indústria quer importar grão cru

A indústria brasileira de café pressiona o governo para liberar a importação de grão cru de café. Segundo os industriais, muitos negócios são perdidos pela exigência dos compradores, que querem que o produto final tenha uma percentagem de café da Colômbia ou Etiópia. Os cafeicultores, no entanto, temem a entrada de doenças.

Pecuária

Fora, tuberculose

O Rio Grande do Sul declarou guerra à tuberculose bovina. Um projeto-piloto de erradicação da doença, seguindo a metodologia do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina, está sendo implantado em Arroio do Meio (RS). O objetivo é, no prazo de um ano, deixar as 2.700 propriedades da região certificadas como livres da doença.

Etanol 2.0

Dedini recua no projeto

O grupo Dedini postergou o desenvolvimento da primeira usina para produção de etanol do bagaço da cana. O projeto de R$ 100 milhões em parceria com a Fapesp estava sendo testado na usina São Luiz, que pertenceu ao grupo, mas foi vendida há dois anos para a espanhola Abengoa. Uma das dificuldades foi o fato de o bagaço ser uma matéria-prima abrasiva, o que gera desgaste dos equipamentos.

Transgênicos

Ideologia ameaça combate da fome

Bill Gates, o fundador da Microsoft, manifestou sua aversão ao posicionamento dos ecologistas na questão dos transgênicos. “A luta para acabar com a fome está sendo afetada por ambientalistas que insistem que grãos geneticamente modificados não podem ser usados na África”, comentou o bilionário. Para ele, a ajuda aos pequenos fazendeiros passa pelo acesso à biotecnologia. Gates é um dos maiores filantropos do mundo e seu foco é o combate à fome e o acesso aos serviços de saúde na África.

Biotecnologia

Um setor de US$ 44 bi

Um estudo da consultoria britânica PG Economics, especializada em agronegócio, revelou que os benefícios econômicos das lavouras geneticamente modificadas foram de US$ 44 bilhões no mundo no período de 1996 a 2007. “Impacto global das culturas biotecnológicas” é o título da pesquisa, que analisou a influência dos transgênicos na rentabilidade do produtor e na produtividade de quatro culturas: soja, milho, algodão e canola. O trabalho revelou que a tecnologia garantiu um incremento de mais 68 milhões de toneladas de soja e dois milhões de toneladas de milho. Além disso, o estudo mostrou a redução dos custos de produção.

Milho

Refúgio nas lavouras GM

Uma campanha da Associação Brasileira de Sementes e Mudas quer conscientizar produtores brasileiros sobre a necessidade de manter áreas de refúgio – de pelo menos 10% – nas lavouras de milho transgênico. As faixas cultivadas com o cereal convencional adjacentes à área cultivada com milho Bt evitam que insetos se tornem resistentes à tecnologia.

Grãos

Otimismo na safra

O primeiro levantamento da Conab indica que a produção de grãos na safra 2009/2010 pode ter um incremento de 6,5 milhões de toneladas, chegando a 141,6 milhões de toneladas no total. Se a expectativa se confirmar, isso representará um acréscimo de quase 5% a mais que os 135 milhões de toneladas do ciclo anterior. Além disso, o montante ficará muito próximo da safra recorde, que foi de 144,1 milhões de toneladas, registrada na campanha 2007/2009.

Cargill

Efeito fertilizantes

Os resultados da multinacional Cargill no trimestre encerrado em agosto mostraram deterioração no balanço. O conglomerado registrou um lucro líquido de US$ 525 milhões, ante os US$ 1,49 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. O recuo foi de 65% e tem como explicação a queda no setor de fertilizantes.

Café

Setor quer mudanças

Representantes do Conselho Nacional do Café e da Comissão Nacional do Café na Confederação Nacional da Agricultura pedem mudanças para o setor. O ponto principal diz respeito às linhas de financiamento do Funcafé. O setor cafeeiro alega que é inviável o produtor ter que pagar 20% das dívidas ainda neste ano, que foi de safra baixa. Outra reclamação está relacionada à postura inflexível dos bancos.

Pesquisa

Incaper avalia novas variedades de morango

O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural está recomendando aos produtores de morango do Estado duas novas variedades do fruto. Elas são 45% mais produtivas que as atualmente utilizadas pelos capixabas e podem gerar uma receita anual de R$ 17 milhões ao ano para os produtores.

Etanol

Polêmica na Suíça

O projeto da empresa sueca Greenbioenergy de importar anualmente 130 mil toneladas de etanol brasileiro para refiná-lo e comercializá-lo na Suíça causou polêmica. Representantes de entidades ambientalistas daquele país alegam que o biocombustível faz pressão para o desmatamento, reduz a fertilidade, polui os solos e coloca em perigo a alimentação e o futuro de pequenos agricultores brasileiros. É um sinal de como barreiras ambientais podem colocar em risco as exportações de etanol.

Pequi

Embrapa investe no fruto

Pouco produtivo e sem apelo comercial, o cultivo de pequi está ameaçado. A esperança para que o fruto não suma do mapa e das mesas dos brasileiros está em uma série de pesquisas realizadas pela Embrapa Cerrados. Com uso de biotecnologia e técnicas de reprodução in vitro, pesquisadores esperam desenvolver variedades mais produtivas, adaptadas e interessantes comercialmente.

Malte

A aposta da Agromalte

A Cooperativa Agrária Agroindustrial do Paraná investiu R$ 164 milhões na ampliação da unidade de produção de malte em Guarapuava. Com isso, a fábrica se tornou a maior maltaria do País, com capacidade de processar 220 mil toneladas de malte por ano. O objetivo é reduzir a dependência externa do produto, ainda muito importado.

Seguro Rural

Fundo de catástrofe

O deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), relator do projeto do fundo de catástrofe, está convencido de que a medida será aprovada. Segundo ele, o fundo terá um aporte inicial de R$ 2 bilhões, mas o governo já se comprometeu a colocar outros R$ 2 bilhões até 2012. As seguradoras também vão depositar no fundo um valor adicional.

Crédito de carbono

“O Brasil pode ganhar bilhões”

Flávio Rufino Gazani, presidente da Associação Brasileira das Empresas no Mercado de Carbono – Abemc, fala sobre quanto o Brasil pode captar com a redução das emissões de gases do efeito estufa.

DINHEIRO RURAL – Qual é a missão da Abemc?

Flávio Gazani – É o incentivo ao desenvolvimento do mercado de carbono junto ao setor público, às ONGs, universidades e à sociedade civil. Também queremos contribuir para a criação de marcos regulatórios.

RURAL – O Brasil pode captar quanto com isso?

Gazani – Não há dados específicos, porém estimativas apontam que a redução das emissões por desmatamento, que representam cerca de 75% das emissões brasileiras, poderia captar de US$ 8 bilhões a US$ 16 bilhões anuais.

RURAL – Como as empresas do agronegócio podem se beneficiar?

Gazani – No Brasil, a agropecuária responde por 25% das emissões de gases causadores do aquecimento global, principalmente metano e óxido nitroso. Há oportunidades para o agronegócio. Por exemplo: os projetos de cogeração de energia com bagaço de cana e com outras biomassas, como capim-elefante e casca de arroz.