09/04/2015 - 11:45
O acompanhamento de preços dos alimentos feito pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) mostra que em março último as carnes atingiram um índice de preço correspondente a 177 pontos (2002/2004 = 100 pontos), o que significou novo recuo – o sétimo consecutivo – sobre o mês anterior.
Consideradas as três principais carnes negociadas internacionalmente, só a carne bovina foi exceção nesse processo. Pois, ainda que minimamente (+0,17%), o recuo de preços que o produto enfrenta desde novembro passado foi interrompido em março. Melhor ainda é o ganho (também único) em relação a março do ano passado: +4,92%.
A carne de frango manteve a trajetória de baixa iniciada em novembro. Fechou março com desvalorização de 1,5% em relação ao mês anterior, enquanto a queda em comparação ao mesmo mês do ano passado superou ligeiramente os 7%.
Pior, no entanto, é a situação da carne suína, já que seu preço médio em março, além de recuar mais de 2% sobre o mês anterior, foi 12% menor que o de março de 2014.
Notar, de toda forma, que no acumulado dos últimos 12 meses, o mais fraco resultado ficou com a carne de frango. Porque, comparativamente a idêntico período anterior, o preço médio da carne suína aumentou quase 3% e o da carne bovina mais de 18%. Já a carne de frango enfrenta redução de 1,5% no preço médio.
Os indicadores de mercado (não só os da FAO) sugerem que, devido à oferta restrita, a carne bovina tende à estabilidade ou, mesmo, a uma elevação dos preços, enquanto as carnes suína e de frango devem continuar com os preços em declínio, neste caso porque houve (principalmente no tocante à carne suína) recuperação da produção, enquanto a Rússia, grande comprador, permanece com negociações restritas.
Notar, de toda forma, que em relação ao pico mais recente alcançado tanto pela carne bovina como pela carne de frango (outubro de 2014), os dois produtos tiveram idêntica redução de preços: em cinco meses, queda de 14%. Já as perdas da carne suína nesse período ficaram próximas de 18%. Fonte: Avisite