Amparada pelo sol, pelo vento, pelos rios e pelo calor interno da Terra, a Costa Rica embarca no século 21 com o desafio de se superar em matéria de energias limpas e chegar a uma matriz elétrica abastecida unicamente com fontes renováveis.

Com seis regiões produtivas, a Costa Rica concentra 50% da produção de cana-de-açúcar na região de Guanacaste, onde estão instaladas as quatro principais usinas do país: Taboga, CATSA, El Palmar e El Viejo. O país produz em média, por safra, quase 4,5 mil toneladas por ano e as únicas usinas que operam na produção de energia excedente, através da cogeração, são El Viejo e Taboga.

No país, 7% da geração elétrica já provém de fonte eólica, graças a campos como o das montanhas de La Paz e Casamata, a 50 quilômetros da capital São José. Apenas a metade das fontes de energia primária da Costa Rica são renováveis. Como maximizá-las e fomentar a matriz energética?

O engenheiro e diretor técnico da Reunion Engenharia, Jorge Luiz Scaff, esteve recentemente no país e sentiu de perto o quanto o mercado é promissor para a fabricação de produtos derivados da cana-de-açúcar e o quanto a expansão do setor impulsiona a demanda por produtos e serviços de qualidade.

“Tive a oportunidade de conversar com representantes de usinas da Costa Rica e da Guatemala, inclusive visitei parte delas. Percebi que as usinas buscam o crescimento não pela expansão tão somente de áreas agriculturáveis, mas pelo aumento de produtividade, tanto agrícola como industrial”, contou Scaff.

A Costa Rica passa hoje por uma grave seca, que afetou toda a cadeia produtiva, sendo a cana-de-açúcar uma delas. Isto mobilizou vários setores a buscar soluções inovadoras sustentáveis, como por exemplo o uso mais consciente da água e da maximização de excedentes de energia elétrica por biomassa. Outro aspecto é que os países compradores de açúcar estão cobrando cada dia mais por práticas sustentáveis e não dependentes de combustíveis fósseis.

“Um dos elementos-chave para fomentar a matriz energética é desenvolver programas de incentivo à exportação de energia através da biomassa (bagaço), que resultará na redução das emissões de Carbono na atmosfera, na diminuição do consumo de água e no tratamento de efluentes”, explicou Scaff.

Encontros de Negócios

Jorge Scaff participou, no início de junho, do Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution, uma parceria entre o Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA) e a Agência Brasileira de promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O Projeto contemplou reunir empresários e fornecedores do setor sucroenergético do Brasil e da Costa Rica para fazer encontros de negócios e promover produtos, equipamentos, soluções e a tecnologia brasileira na América Central.

Na conclusão do engenheiro, as reuniões foram produtivas e trouxe muitas oportunidades de negócios. “Com o diversificado leque de produtos e serviços da Reunion Engenharia, conseguimos elencar potenciais trabalhos com soluções de engenharia voltadas para incrementar a exportação de energia, melhorias no sistema térmico e hídrico, além de capacitar melhor os colaboradores da área técnica através do programa de treinamentos da Reunion”, concluiu. Fonte: Ascom