Como chegar a 140 sacas/hectare quando a média nacional de produtividade de soja ainda permanece estacionada na faixa das 48 sacas/hectare? Este será o tema principal de uma reunião a ser realizada no dia 28 de julho pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), no Valinhos Plaza Hotel, em Valinhos, interior de São Paulo.

Durante todo o dia, das 8h às 18h, representantes do Comitê estarão reunidos com diversas empresas e instituições brasileiras para discussão e análise de arranjos tecnológicos e de sistemas de produção que vêm ajudando alguns produtores a atingir a marca de 140 sacas/hectare – caso do vencedor do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja deste ano, Alisson Hilgenberg, de Ponta Grossa (PR). A ideia é encontrar caminhos para fazer com que essa alta produtividade possa ser alcançada e reproduzida em escala nacional. 

“Pequenos avanços já causam grande impacto sobre a economia agrícola. Um aumento de duas sacas/hectare, em escala nacional, já é um valor considerável em termos de benefícios a todos os elos da cadeia, principalmente o produtor, que tem os maiores riscos do negócio agrícola”, comenta Henry Sako, coordenador técnico do CESB. Segundo ele, essa reunião é uma iniciativa livre. “Todas as empresas e instituições do ramo de agronegócios são bem-vindas a participar desse esforço.”

De acordo com Sako, o fato de o vencedor do Desafio deste ano ter alcançado 140 sacas/hectare – nível considerado altamente competitivo – revela a capacidade produtiva da soja. “Não é fácil atingir esse patamar. Todos nós podemos aprender com esses valores e ter um norte de como reproduzi-los”, comenta o coordenador. “Isso é mérito de todos os produtores e consultores que participaram do Desafio, compartilharam suas informações e alimentaram a discussão de técnicas de produção diariamente.”

Para o CESB, as 140 sacas/hectare configuram um feito notável também por ser resultado do trabalho conjunto dos produtores e consultores e a comunidade técnica/científica. “A forma como essa união está ocorrendo é rara, e o Comitê tem conseguido fazer essa conexão para aumentar a competitividade da soja brasileira”, diz Sako.

Entre as empresas e instituições participantes da reunião, já estão confirmadas Embrapa Cerrado, Embrapa Soja, Embrapa Arroz e Feijão, Cocamar, Agrodinâmica Consultoria, Ceres Consultoria, CTPA, Fundação Bahia, Fundação Rio Verde, Fundação MT, BASF, Fundação Chapadão, IBRA, Grupo Floss, Monsanto, Sementes Adriana, Bayer, Syngenta, Pionner, UFMT, Esalq e UFPR, Fundação ABC e Instituto Phytus.