A agricultura brasileira, ao longo dos anos, tem sofrido o peso da compactação do solo e como resultado está chegando numa crise produtiva importante e preocupante em várias regiões do país. No Estado do Paraná já são mais de 60 mil hectares com adubação biológica, produtor de Maringá comemora redução de custo com a técnica.

O solo compactado ao longo dos anos faz com que as plantas agricultáveis (soja, milho, girassol, trigo, cana-de-açúcar, citricultura, café, hortaliças, pastagens e outras) tenham dificuldade para obter melhor enraizamento impedindo que nutrientes cheguem às folhas e a toda planta.

De acordo com o engenheiro agrônomo e representante da Microgeo no Estado do Paraná, Marcos Corder, a compactação do solo por definição é o aumento da densidade e redução de poros que ocorre devido a manejos não conservacionistas, tais como, operações físicas em condições de umidade acima da capacidade de campo, correções químicas do solo feitas com doses excessivas e a monocultura.

“Os reflexos diretos dessa compactação do solo é a redução das respostas às adubações e ataques de pragas e doenças, fatores que estão diretamente ligados ao menor enraizamento e a falta de água no solo”, reforça Corder.

Segundo Corder, como a cultura não absorve os nutrientes provenientes das adubações, se desequilibra nutricionalmente e se torna suscetível ao ataque de pragas e doenças, resultando em uma menor produção e rentabilidade. Algumas técnicas utilizadas para resolver o problema de compactação do solo por muitas vezes não atingem o objetivo, pois somente tentam corrigir os efeitos e não atuam na causa do problema. E conclui: “Além disso, as adubações químicas, se mal administradas podem chegar a agravar ainda mais o problema”.

Adubação biológica

A adubação biológica tem sido a solução de baixo custo para mais de 5 mil agricultores no Brasil e em estados como no Estado do Paraná já passa dos 60 mil hectares adubados com a técnica.

De acordo com o agricultor paranaense Danton Makio Komagome, de Floresta (30 km de Maringá), que trabalha com aplicação da Adubação Biológica há 4 anos, reduziu custo em até 30%.  “Comecei aplicando a adubação biológica em 30% da propriedade e agora já estamos em 80% devido à qualidade da terra e melhoria no plantio. A estrutura do solo já mudou desde a primeira aplicação. O plantio melhorou. Antes, a terra era compactada e agora está bem macia”, declarou Komagone. Ele produz 300 hectares de soja e milho.

“Nas áreas que estou aplicando Microgeo já diminuiu a aplicação entre 20 a 30% de adubo químico”, explicou que tem reduzido custo na sua lavoura paranaense.

O conceito da Adubação Biológica produzida com Microgeo, produto da empresa Microbiol, é: “Através de uma biofábrica local, trabalha-se a biodiversidade ecológica do solo trazendo benefícios multifuncionais ao agricultor”. Benefícios que são provenientes da reestruturação do solo.

Biofábrica de baixo custo pra produção da adubação biológica

Para ter um biofábrica na fazenda é preciso ter um tanque com poucos equipamentos, colocar água, 15% de esterco bovino, 5% de MICROGEO®, aguardar 15 dias para aumentar as bactérias, fungos e actomicetos e depois retirar diariamente ou a cada sete dias, dependendo do manejo da fazenda.  O valor investido varia em cada região do País. São aplicados em todo de 300 litros a cada ciclo, dependendo da dinâmica da fazenda, se for aplicar 7,5kg de MICROGEO®, o agricultor vai investir R$ 75,00 por hectare por ciclo de cultura referente aos 150 litros por hectare. Fonte: Ascom.