03/02/2021 - 19:16
Ao menos três escolas privadas e uma pública de Campinas registraram casos de covid-19 após a retomada dos trabalhos presenciais, no fim de janeiro. A situação mais grave foi registrada no colégio Jaime Kratz, com 37 funcionários e cinco alunos infectados pelo coronavírus.
Em nota, o colégio Jaime Kratz confirmou os casos e disse que uma professora está internada, em quadro estável. Após a confirmação, as aulas presenciais foram suspensas na segunda-feira, 1º, até 18 de fevereiro.
Com 1,3 mil alunos na educação básica, a escola estava com aulas presenciais desde 25 de janeiro, com rodízio de 35% dos estudantes por dia. “A direção da escola reforça que adotou todas as medidas de segurança como distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel, além da desinfecção diária da unidade escolar”, justificou-se no comunicado.
Nas redes sociais, a instituição tem compartilhado postagens de pais e alunos em apoio à instituição. De acordo com a Vigilância Sanitária de Campinas, o surto entre os professores teve origem na semana anterior à volta às aulas, “em reuniões de treinamento e planejamento onde ocorreram as quebras das medidas de barreira”.
Já o colégio Farroupilha, de educação infantil e fundamental, registrou a contaminação de uma professora e uma aluna, filha da docente, após o retorno ao ensino presencial, em 26 de janeiro, em formato de rodízio. Como prevenção, decidiu suspender as aulas presenciais na terça-feira, 2, até o dia 14.
“Todos os protocolos de segurança e higiene foram e continuam sendo adotados, rigorosamente”, afirmou, em nota. Segundo a Vigilância Sanitária da cidade, o caso não se trata de um surto e a escola está sendo monitorada.
Após o registro dos casos, o promotor Rodrigo Augusto de Oliveira, do Ministério Público de São Paulo, pediu esclarecimentos às duas escolas por meio de um procedimento administrativo na terça-feira, 2. Dentre as informações solicitadas, que devem ser respondidas em 10 dias, estão os protocolos de segurança sanitária adotados para prevenção à disseminação do coronavírus. À Vigilância Sanitária, foi solicitada vistoria em ambas, com envio do respectivo relatório.
Além delas, o Colégio Múltiplo, de educação básica, registrou um caso, cuja investigação da vigilância municipal constatou “transmissão domiciliar”. “Por enquanto, não há outras pessoas suspeitas na escola”, informou a gestão municipal. A reportagem procurou a escola e, até o momento, não obteve retorno.
Há, ainda, o registro de um caso na Escola Estadual Deputado Eduardo Barnabé, também em Campinas. Segundo a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, a coordenadora da unidade teve resultado positivo para o teste de covid-19 e foi afastada, assim como outros quatro funcionários que ela teve contato.
“A escola está seguindo todos os protocolos definidos pelo Centro de Contingência para garantir a segurança de todos alunos e professores”, destacou em nota. “Até o momento, não houve transmissão dentro das escolas e o plano para volta às aulas no dia 8 de fevereiro segue normalmente.”
Na rede de ensino municipal, a Prefeitura anunciou há duas semanas o adiamento da volta às aulas presenciais, antes prevista para 8 de fevereiro, para 1º de março, caso esteja na fase amarela do Plano São Paulo. Campinas é a segunda cidade com mais casos (52.140) e a terceira em óbitos (1.658) no Estado de São Paulo.