11/03/2016 - 12:53
Desde outubro do ano passado, subiu de 76 para 84 o número de empresas inscritas no programa Certificação Aeroagrícola Sustentável (CAS). Com isso, 36% das 232 empresas de aviação agrícola do Brasil já contam com o primeiro selo de qualidade ambiental aeroagrícola do mundo. E, destas, a maioria (56%) está além da primeira fase da certificação, com oito delas já tendo chegado ao Nível III (o mais alto) do programa.
Esses dados estão no balanço divulgado esta semana pela Coordenação do CAS. O documento também apontou um crescimento da procura do próprio mercado por empresas aeroagrícolas certificadas. Principalmente em São Paulo, onde 75% dos operadores situados no Estado já aderiram. Destaque também para Goiás, onde 60% têm o selo ambiental.
Outro destaque é que, a partir deste ano, os cursos do Nível II vão ocorrer também no Sul e Centro-Oeste, respectivamente, em julho e agosto. Além das edições de Campinas/SP, que todos os anos ocorrem em maio e setembro. Com isso, o programa fica mais próximo das três principais regiões da aviação agrícola nacional.
O relatório abordou também o calendário de dias de a campo para apresentar o programa a autoridades, imprensa, formadores de opinião e a sociedade em geral, além de operadores e produtores rurais. Foram dois encontros este ano: em Regente Feijó/SP e Cristalina/GO. E mais sete dias de campo devem ocorrer até dezembro, em locais a serem definidos.
ETAPAS
O CAS é mantido e gerenciado pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF), em parceria com três universidades públicas: a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FCA/UNESP-Botucatu) e as universidades federais de Lavras (UFLA) e de Uberlândia (UFU), ambas de Minas Gerais. A iniciativa conta com apoio da Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) e do SINDAG.
A certificação aeroagrícola ocorre em três níveis:
Nível I – Com a verificação de toda a parte documental do operador, que precisa estar com as licenças em dia, bem como os registros de manutenção das aeronaves e formação e atualização dos pilotos e pessoal de terra e outros requisitos burocráticos.
Nível II – Os operadores passam por um curso de formação para reforçar aspectos da segurança operacional e ambiental – abrange desde regulagem e tipo dos equipamentos, avanços em pesquisas sobre produtos e precisão das aplicações, tipos de bicos e pulverizadores, etc.
Nível III – Os coordenadores do CAS vão a campo para verificar in loco se as empresas estão aplicando na prática todos os preceitos repassados no curso em Nível II. Fonte: Sindag