28/03/2016 - 16:22
Com investimentos da ordem de 4,5 milhões de reais em qualificação de produtores, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC) – vinculado a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) – desenvolverá em Santa Catarina, neste ano, o programa Leite Saudável.
Os recursos são do Ministério da Agricultura e foram repassados ao Senar para a operacionalização do programa. O presidente do sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, qualificou esse como o “maior investimento concentrado na pecuária leiteira barriga-verde”.
A iniciativa insere-se dentro da nova diretriz de priorização da assistência técnica e gerencial do Senar e contempla, somente para o território catarinense, em 2016, 4,5 milhões de reais em investimentos, assinala o superintendente Gilmar Zanluchi.
A implementação do programa envolve a participação dos Sindicatos Rurais, das cooperativas agropecuárias e das agroindústrias. Através dessa articulação foram mapeadas e selecionadas 855 propriedades rurais do grande oeste catarinense, situadas em 63 municípios, para receber as ações de capacitação.
O programa Leite Saudável nasceu no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com orientação da Embrapa Gado Leiteiro e foi concebido para promover a ascensão de produtores de leite para a classe média rural.
O dirigente avaliou que, com o alinhamento das políticas públicas para a melhoria da renda e da produtividade, com a elevação da qualidade do leite e com a ampliação dos mercados interno e externo, o setor lácteo brasileiro competirá em condições de igualdade com os principais players mundiais.
Para melhorar a competitividade do setor lácteo, foram definidos sete eixos de ação: assistência técnica gerencial (para promover a ascensão dos produtores para a classe c); melhoramento genético (adoção de tecnologias com material genético superior por meio da inseminação artificial e transferência de embriões); política agrícola (garantia de acesso ao crédito Pronamp, Inovagro e Pronaf com juros subsidiados que potencializam a produção, a melhoria da propriedade e a qualidade do leite) e sanidade animal (intensificação do programa nacional de controle e erradicação da brucelose e da tuberculose animal e campanha de educação sanitária para vacinação contra a brucelose).
Outros eixos são: qualidade do leite (intensificação da implementação da gestão de qualidade do leite e criação de um sistema de inteligência para gerenciamento dos dados da qualidade do leite, em parceria com a Embrapa), marco regulatório (atualização e adequação das legislações para garantir a qualidade dos produtos agropecuários, saúde pública, redução dos custos de produção e renda aos produtores, regulamentação para que as pequenas agroindústrias produzam de forma legalizada e com segurança alimentar) e ampliação de mercados (aumentar as exportações com priorização dos mercados da china, que importa 14% da produção de leite mundial, o que equivale a US$ 6,4 bilhões; e da Rússia, que absorve 7% do leite produzido no mundo, no valor de US$ 3,4 bilhões). Fonte: Ascom