O mercado mundial de defensivos agrícolas ficou agitado, na sexta-feira passada (13), quando veio a público a notícia de que a alemã Bayer, uma das gigantes no mercados de químicos e biotecnologia de € 79 bilhões, estava interessada na compra da americana Monsanto, a maior empresas de defensivos agrícolas do mundo, que faturou US$ 15 bilhões em 2015. O negócio seria de US$ 40 bilhões. Hoje (19), a Bayer confirmou suas intenções. “Os diretores da Bayer se reuniram recentemente com os executivos da Monsanto para falar do modo privado sobre uma aquisição negociada da Monsanto”, diz a empresa alemã em um comunicado.

Na quarta-feira (18), a americana divulgou uma nota dizendo que recebeu uma oferta firme e não solicitada da Bayer sobre uma potencial aquisição da Monsanto. “O quadro de diretores da Monsanto está analisando a proposta, em consulta com seus conselheiros financeiros e jurídicos”, diz a companhia americana. Adicionalmente, a empresa diz não se pronunciará até que essa análise seja concluída e que não há indícios de que a transação seja, de fato, levada a diante.

Se a Bayer ainda não tem nas mãos a Monsanto, pelos menos, conseguiu emplacar uma alta em suas ações. Sem revelar valores, a companhia alemã revelou ter a alta mais significativa dos últimos sete anos, na Bolsa de Frankfurt.

Fusões

Há tempos o mercado de defensivos agrícolas tem andado em constante ebulição. No final de dezembro do ano passado, as americanas Dow Chemical e a Dupont anunciaram se fundir numa só companhia, formando a Dow Dupont, uma empresa com valor estimado de mercado de US$ 130 bilhões. No ano passado, a própria Monsanto estava atrás da suíça Syngenta, que em fevereiro deste ano, aceitou a oferta de compra da Chemchina por US$ 43 bilhões.