O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), filiado à Federação Única dos Petroleiros (Fup), decidiu, no início da noite desta quinta-feira, 18, suspender temporariamente a greve iniciada nos primeiros minutos do dia, depois que a Petrobras sinalizou com a reabertura das negociações.

Segundo a Fup, a notificação foi enviada pela petroleira durante os protestos realizados hoje na Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, em processo de venda para o fundo de investimentos árabe Mubadala. Atos similares foram realizados pelos petroleiros em todo o País, do Amazonas ao Rio Grande do Sul, disse a Fup.

“Para realizar uma greve legal, é preciso haver um impasse negocial. E diante do comunicado da Petrobras externando sua vontade de exaurir a negociação, o sindicato, aconselhado, inclusive, por sua assessoria jurídica, decidiu pela suspensão da greve e pelo retorno à mesa de negociação”, explicou o coordenador do Sindipetro-BA, Jairo Batista.

A Petrobras havia declarado na segunda-feira (15) que considerava a greve abusiva, por não estar relacionada a reivindicações de direitos dos trabalhadores, como salário e benefícios, de acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O estado de greve dos petroleiros, porém, continua, informou a Fup, que vê no reinício das negociações a oportunidade de avançar na pauta de reivindicações da categoria.

“Especialmente no que diz respeito aos trabalhadores da Rlam, que vivem um clima de insegurança e apreensão devido ao anúncio da venda da refinaria ao Fundo Mubadala, de Abu Dhabi”, afirmou a entidade em nota.

A Fup quer garantir a manutenção dos direitos, empregos, benefícios e salários dos trabalhadores da Rlam e discutir as contratações e o futuro dos atuais contratos de trabalho, o fim dos assédios aos trabalhadores e a garantia de um ambiente laboral saudável.

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