03/08/2016 - 16:08
A Suzano Papel e Celulose anuncia hoje recorde de geração de caixa operacional, de Ebitda Ajustado (Lajida, em português, sigla para Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações, ajustado para efeitos não-recorrentes) e de receita líquida nos últimos 12 meses encerrados em 30 de junho de 2016. A geração de caixa chegou a R$ 3,8 bilhões, sendo R$ 723 milhões no segundo trimestre do ano.
O Ebitda Ajustado do segundo trimestre é de R$ 967 milhões, ou R$ 803/tonelada, refletindo a resiliência do mercado de papel em momentos de turbulência no mercado de celulose – nos últimos 12 meses, o Ebitda Ajustado é de R$ 4,94 bilhões. A receita líquida entre abril e junho foi de R$ 2,503 bilhões, totalizando R$ 10,9 bilhões nos últimos 12 meses. “Esses indicadores confirmam que a nossa estratégia está adequada ao momento do mercado”, afirma Walter Schalka, presidente da empresa.
Outros destaques são o custo caixa consolidado de celulose, que chegou a R$ 636/tonelada (sem parada), 2,7% inferior aos R$ 654/tonelada registrados no primeiro trimestre do ano, e a consistência na gestão de custos e despesas abaixo da inflação. O Custo do Produto Vendido (CPV) unitário atingiu R$ 1.395/tonelada, 0,5% superior ao registrado no segundo trimestre do ano passado.
As despesas gerais e administrativas (SG&A) unitária foi de R$ 171/tonelada, 9% inferior ao mesmo período de 2015, apesar da inflação ter ficado em 8,8%. “Temos ainda o efeito de alguns investimentos em competitividade estrutural”, completa Marcelo Bacci, diretor Financeiro e de Relações com Investidores.
Apesar de os dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) indicarem que a demanda brasileira de papéis de imprimir e escrever e papelcartão (venda da indústria doméstica + importações) sofreu retração de 5,7% entre abril e junho, na comparação com o segundo trimestre do ano passado, as vendas da Suzano totalizaram 294,7 mil toneladas no segundo trimestre, 7,5% superior às 274 mil toneladas registradas no primeiro trimestre do ano.
No acumulado dos seis primeiros meses de 2016, o volume de vendas é praticamente estável em relação ao primeiro semestre de 2015, ou seja, 569 mil toneladas. “Seguimos focados no movimento de pulverização das nossas vendas e distribuição e conseguimos implementar os aumentos de preço anunciados. Os números reforçam a nossa convicção que a diversificação de portfólio reduz a volatilidade dos resultados”, esclarece Walter.
As vendas de celulose chegaram a 910,3 mil toneladas no segundo trimestre do ano, 13,1% superior ao volume do mesmo período do ano passado e em linha com o volume vendido no primeiro trimestre. No acumulado do ano, as vendas totalizam 1,8 milhão de toneladas, 9,3%
superior ao primeiro semestre de 2015. Os principais destinos das vendas no trimestre foram Ásia (41%), Europa (32%), América do Norte (14%) e Brasil (12%).
O processo de desalavancagem continua, com a relação dívida líquida/Ebitda ajustado chegando a 2,1x em 30 de junho. O liability management também avançou no trimestre, com o pagamento antecipado de cerca de R$ 700 milhões em dívidas.
Em julho, a empresa concluiu ainda a emissão de US$ 500 milhões em green bonds, com vencimento em 10 anos e cupom (juros) de 5,75% ao ano, os quais serão pagos semestralmente a partir de janeiro de 2017. No mesmo mês, foi concluído ainda o processo de dolarização da dívida, reforçando a gestão e a robustez financeira. A dívida bruta em 30 de junho era de R$ 12,8 bilhões. A dívida líquida, na mesma data, era de R$ 10,2 bilhões.
As recentes mudanças no cenário macroeconômico levaram a empresa a ser mais rigorosa nas suas decisões de investimento, reduzindo, assim, o Capex estimado para 2016 de R$ 2,4 bilhões para R$ 2,1 bilhões, sem alteração de escopo ou de cronograma dos projetos. A redução é proveniente de economia em negociações e com o câmbio, além de postergação de pagamentos. Isso reforça a disciplina e a flexibilidade de alocação de capital. Fonte: Ascom