O dólar à vista retomou sinal de alta e registrou máxima a R$ 5,4688 (+0,27%) há pouco em meio a queda do petróleo e o exterior negativo, enquanto o dólar para março chegou a ficar estável, na máxima a R$ 5,4695. O economista Sidnei Nehme, sócio-diretor da corretora NGO, afirma em relatório a clientes hoje que o risco político, risco fiscal e risco sanitário persistem no País e se somam à cautela nos mercados internacionais, dificultando ao mercado antever perspectivas de forma convicta.

Como consequência, segundo ele, temos perdas patrimoniais relevantes indicadas pelos preços das ações, inflação em forte espiral ascendente, política monetária atrás da curva, dólar com preço aviltado em pelo menos 20% em decorrência do contexto atual, preço do petróleo com viés de alta face à retomada da atividade pelas principais economias mundiais, enfim um ambiente em que sobram incertezas e insegurança.

Nehme avalia ainda que a forte queda dos preços das ações das empresas estatais e correlatas ontem pode até ser recuperável ao longo do tempo, mas causa danos ao mercado acionário e pode comprometer as perspectivas para inúmeros IPO’s programados para este ano, e induzir posturas mais defensivas a partir do ambiente de insegurança.