Começou às 9h30 da manhã de hoje, o segundo dia da 16ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol. O evento reúne em São Paulo, no auditório do Grand Hotel Hyatt, cerca de 600 congressistas de 35 países.

Na programação do dia, seis painéis propõem como temas centrais o Desenvolvimento Econômico; Açúcar, etanol, bioeletricidade e a economia; Competitividade, o que é preciso para o setor voltar a investir; Financiamento, mercado de capitais e crédito; Tecnologia, biotecnologia em cana-de-açúcar; e Operação, inovações no cultivo.

O economista Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda nos anos 1980, no período do governo de José Sarney, diz que o cenário econômico do País dá sinais de recuperação. “Há investidores esperando para fazer negócio no Brasil”, afirma ele. Para o professor da Faculdade de Economia e Admnistração da Universidade de São Paulo, Marcos Fava Neves, é preciso falar dos outros produtos da cana-de-açúcar e não apenas do etanol e do açúcar. “Um produto que acho de boa fé é o combustível para aviação”, diz Neves. “A boing já está desenvolvendo um produto e vai propor alguma mistura de combustível na aviação. Isso já está acontecendo.” De acordo com ele, outros produtos têm aparecido e merecem atenção do mercado, embora ainda em pequena escala, como a eletricidade para exportação.”

Rui Chammas, Ceo da Biosev, braço sucroenergético da francesa Louis Dreyfus Commodities (LDC), afirma que o setor somente pode se sustentar baseada em três pilares: desenvolvimento social, ambiental e econômico. “Uma pesquisa feita em Mato Grosso do Sul, onde a empresa possui três usinas, nos anos subsequentes à instalação de uma usina, o Produto Interno Bruto da agricultura cresceu 65%, da indústria 45%, dos serviços 13% e os impostos 31%”, diz ele. “Os números foram muito diferentes daqueles municípios que não puderam receber usinas.” A conferência da Datagro termina às 18 horas, quando o presidente da consultoria, Plínio Nastari, apresentará um balanço dos principais pontos abordados.