01/03/2021 - 18:49
O presidente da Telefônica Brasil (dona da Vivo), Christian Gebara, afirmou que a companhia ainda está avaliando os termos finais do edital de licitação das faixas do 5G. “Ainda estamos entendendo a valoração e as obrigações associadas ao edital”, comentou Gebara, durante transmissão ao vivo.
Entre as obrigações já incluídas no edital está a migração das parabólicas para a banda KU para evitar interferências, a construção de uma rede segura e exclusiva para governo, e obrigações de levar banda larga para a Região Norte, entre outras.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) definiu, na semana passada, as regras do edital e agora se debruça na definição dos valores. O presidente do órgão regulador, Leonardo de Morais, estimou que o leilão deve movimentar entre R$ 33 bilhões e R$ 35 bilhões, mas sem detalhar o quanto disse virão na forma de pagamento de outorgas e investimentos na cobertura.
Gebara também confirmou a intenção da operadora em fazer parte do leilão. Ele afirmou que a divisão dos lotes da faixa de 3,5 Ghz – principal via de tráfego dos sinais do 5G – está adequada e permitirá a prestação de um serviço de qualidade.
O executivo não comentou sobre a decisão final da Anatel de exigir a implantação do 5G ‘puro sangue’ (standalone). Esse padrão demanda a construção das redes a partir do zero, sem aproveitamento das redes 4G e 3G, anteriores. Isso era defendido pela Vivo e pela Claro, que apontaram custos elevados e logística mais demorada no padrão standalone.
O presidente da Telefônica ressaltou que o 5G será importante não só pela alta velocidade de navegação e pela baixa latência, mas também pelas novas e inovadoras aplicações no ramo da internet das coisas – que viabiliza a comunicação entre equipamentos e novos usos em empresas em geral, indústria, comércio e agronegócios.
“Nossa aposta não é só na latência do 5G, mas sim na internet das coisas, que terá novos usos dentro de casa e nas empresas. Isso tudo nos dá otimismo para o crescimento de uma linha nova de negócios para o B2B e o B2C”.