O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 4, que deve viajar para Buenos Aires, capital da Argentina, em 26 de março. O compromisso no país vizinho ocorrerá em celebração aos 30 anos do Mercosul, bloco formado pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Bolsonaro disse que na viagem deve ter a primeira conversa com o presidente argentino, Alberto Fernández. O encontro deve ocorrer de forma “reservada” para tratar de interesses dos dois países.

“Vou estar agora, está previsto, dia 26 de março estar em Buenos Aires, nossa querida Argentina, estaremos lá celebrando 30 anos da criação do Mercosul”, informou em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta noite. No início de fevereiro, após receber o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, Bolsonaro já havia antecipado que em março os presidentes dos países membros do bloco iriam se encontrar.

“Será a primeira vez que iremos conversar com o presidente da Argentina, logicamente (caso) ele queira, eu quero. Uma conversa reservada, nós dois num canto e publicamente vamos tratar das questões econômicas dos nossos países”, disse.

Fernández tomou posse em 10 de dezembro de 2019. Bolsonaro não foi à cerimônia, em seu lugar, compareceu o vice-presidente Hamilton Mourão. Na última disputa eleitoral argentina, Bolsonaro apoiou a reeleição do então presidente Mauricio Macri, derrotado no primeiro turno por Fernández. Na live de hoje, Bolsonaro destacou que a covid-19 “causou dificuldades econômicas em todo o mundo”, o que afetou a situação financeira da Argentina.

“Nós torcemos para que a Argentina tenha sucesso nas suas negociações com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que a situação financeira da Argentina está bastante complicada”, comentou. “O êxito econômico de países aqui na América do Sul, entre eles a Argentina, é interessante para todos nós da América do Sul, o Brasil obviamente é um dos grandes interessados”, afirmou.

Israel

O chefe do Executivo também afirmou que deve acompanhar a partida da comitiva brasileira para Israel no próximo sábado, 6. O grupo será liderado pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e tem como missão negociar a adesão do Brasil à terceira fase de estudos de um medicamento contra a covid-19. A ideia é assinar um acordo para que o Brasil participe dos testes do spray nasal EXO-CD24.

Bolsonaro citou que a “documentação” do medicamento ainda deve passar pela análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele avaliou que pelo spray não ser “invasivo” tem chances de receber o aval da agência para a participação nos estudos.