A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 18, a Operação Kindergarten para investigar fraudes em licitações e o desvio de recursos públicos destinados à educação, repassados pela União ao município de Barreiras, no oeste baiano.

Cerca de 80 policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão municípios baianos de Barreiras, São Desidério e Salvador, além de Belo Horizonte, Contagem e Divinópolis, em Minas Gerais. As ordens foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Segundo a PF, as investigações tiveram início 2020, com base em informações do Ministério Público Federal que indicavam a ‘constituição e a contratação fraudulenta de um consórcio formado por empresas sem estrutura operacional, para a reforma de escolas municipais, por meio de contrato firmado pela Prefeitura de Barreiras, em decorrência de adesão a uma Ata de Registro de Preços vigente no município de Ilhéus’.

Os investigadores então constataram a contratação de outras empresas do ramo de engenharia, por meio de procedimentos licitatórios fraudulentos, com indícios de superfaturamento, para a elaboração de projetos executivos, reformas e construção de escolas.

De acordo com a Polícia Federal, os investigados podem responder pelos crimes de fraude a licitação, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, organização criminosa, crime de responsabilidade e lavagem de dinheiro.

A corporação indicou ainda que o nome da operação, Kindergarten, cuja tradução para o português é Jardim de Infância, faz referência ao termo criado pelo alemão Friedrich Froebel (1782-1852), um dos primeiros educadores a se preocupar com a educação infantil.