04/01/2017 - 12:43
BOVINOS
Rumo à Malásia
O Ministro da Agricultura Blairo Maggi deve assinar um protocolo sanitário com a Malásia, para que o Brasil exporte bovinos vivos destinados ao abate e à reprodução no país asiático.
O primeiro passo para que a assinatura se concretize foi uma visita de técnicos desse país ao Pará, maior exportador de gado vivo brasileiro, realizada em novembro. Os malaios buscam diversificar seus fornecedores, até agora concentrados na Austrália. Hoje, o país importa cerca de 250 mil animais vivos por ano.
PIB
Agro é destaque
O setor agropecuário ampliou a sua participação Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2016, de 21,5% para 23%. Segundo relatório divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),em dezembro, a agricultura e a pecuária representaram 48% das exportações totais do país. A entidade ainda projetou que o PIB do agronegócio terá crescimentode 2,5% a 3%, ao final do ano, resultado que classifica como expressivo devido à recessão econômica. A confederação também afirmou que os produtos do agronegócio deverão garantir saldo comercial de US$ 72,5 bilhões ao País em 2016.
Unidos no Brasil
O empresário Rubens Ometto, da Cosan, empresa com investimentos no agronegócio, distribuição de combustíveis e de gás natural, lubrificantes e logística, assinou no mês passado a união definitiva dos ativos da empresa no Brasil com a multinacional de origem holandesa Shell. Com operações conjuntas há cinco anos, as duas empresas poderiam romper ou ratificar até 2021 o acordo que criou a Raízen, que produz açúcar e etanol, além de distribuir combustíveis. Com o acordo, Ometto será presidente vitalício do conselho de administração da Raízen.
FERTILIZANTES
Frete mais caro
A quebra da safra de grãos no ciclo 2015/2016 levou ao aumento do valor do transporte de fertilizantes para o plantio do ciclo 2016/2017. Com a redução no fluxo dos caminhões nos portos para entrega de grãos, a volta dos nutrientes importados pelas misturadoras de adubo ficou 50% mais cara nas principais rotas brasileiras, nos últimos dois meses, em comparação com o mesmo período de 2015, estima a Esalq. A expectativa é de que o valor recue com a colheita da safra 2016/17.
FRANGO
Orgânicos no exterior
A Korin, especializada na produção de orgânicos, realizou a primeira exportação brasileira de carne de frango desse segmento. A rede varejista Park, de Hong Kong, recebeu oito toneladas do produto em novembro. A carne produzida pela Korin chegará inicialmente a 15 supermercados da rede. Em seis meses deve estar em 40 lojas, estima o diretor- superintendente da empresa, Reginaldo Morikawa.
VINHOS
O Chile como destino
O grupo vinícola gaúcho Famiglia Valduga exportará seus produtos para o Chile e a Rússia. As primeiras remessas ao Chile serão de espumantes. O país andino também abrirá as portas para receber os cinco tipos de cerveja elaboradas pela Cervejaria Leopoldina, sendo o primeiro destino internacional das bebidas artesanais do Grupo Famiglia Valduga. Já a Rússia terá acesso inicialmente aos principais rótulos de vinhos e espumantes da Casa Valduga.
AÇÚCAR
Volta ao mercado
Depois de dez anos de restrições a sua produção e exportação de açúcar, a União Europeia deve voltar a ser um player global na safra 2017/2018. Com isso, a consultoria inglesa S&P Global Platts já estima um aumento de 11% na área de plantação de beterraba, principal matéria-prima do açúcar europeu, no bloco. A área deve chegar a 1,6 milhão de hectares. O cultivo no continente deve começar em fevereiro próximo. A produção prevista é 10% maior do que a atual, que é de 18,3 milhões de toneladas.
MATE
Embrapa lança software
A Embrapa Florestas, de Colombo (PR), está ofertando gratuitamente, desde o mês passado, o software Planin Matte. Com ele é possível fazer a análise econômica dos plantios de erva-mate, considerando os diversos segmentos de custos operacionais de implantação, manutenção, manejo e colheita. Voltado ao produtor, o sistema controla fluxos de caixa e realiza avaliações segundo os critérios de análise econômico-financeira utilizados no agronegócio.
Incentivo ao algodão
O diretor-presidente do grupo Terra Santa, Arlindo Moura, que cultiva 180 mil hectares entre algodão, soja e milho, é o novo presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Ele assumiu a presidência da entidade para os próximos dois anos. Conheça seus planos
Quais suas metas para 2017/2018?
São muitas, mas a principal é a implantação da segunda fase do programa de incentivo ao consumo do algodão no mercado interno, chamado “Sou de Algodão”. A iniciativa foi lançada em outubro e tem por objetivo ampliar em 5% a participação de mercado do produto nacional em cinco anos.
E no mercado internacional?
Uma das maiores exigências do mercado internacional é a adoção de práticas sustentáveis e a garantia de origem do produto. A cotonicultura brasileira se destaca como a maior fornecedora de algodão BCI (Better Cotton Initiative) do mundo, além de contar com 81% da safra de 2015/2016 certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável.
Quais são as perspectivas de acesso a mercados em 2017?
O Brasil deve exportar 777 mil toneladas de pluma, ante 940 mil toneladas exportadas na safra 2015/2016. Mesmo assim, a tendência é que continue entre as cinco primeiras posições do ranking de exportadores mundiais.
Como será a safra 2016/2017?
A perspectiva é positiva, especialmente no Nordeste e Centro-Oeste, onde o fenômeno La Niña deve ocorrer. Embora a área plantada tenha uma redução de 4% em relação à safra 2015/2016, a previsão de produção de pluma é de 1,4 milhão de toneladas, um aumento de 19% em relação ao ciclo passado.