14/04/2021 - 8:50
O JPMorgan surpreendeu previsões ao informar lucro líquido e receita total do primeiro trimestre de 2021, divulgados em balanço corporativo na manhã desta quarta-feira (14). A receita líquida de juros, contudo, caiu mais do que o esperado e pressiona as ações da empresa no pré-mercado de Nova York. Às 8h22 de Brasília, o papel do banco cedia 0,45%.
O lucro líquido do JPMorgan saltou de US$ 2,87 bilhões nos primeiros três meses de 2020 para US$ 14,3 bilhões de janeiro a março deste ano. O valor mais recente corresponde a US$ 3,31 por ação em termos ajustados, o que exclui itens não recorrentes, como liberações de reservas de crédito. A leitura superou previsão de analistas consultados pelo FactSet, de US$ 3,09 por ação em termos ajustados.
Já a receita do banco cresceu 14% na mesma comparação anual, para US$ 33,1 bilhões, também acima do consenso da FactSet, de US$ 30,5 bilhões. Só em termos de receita do banco corporativo e de investimento, o salto foi de 46%.
Mas a receita líquida com juros caiu 11%, para US$ 13 bilhões, abaixo da expectativa de US$ 13,2 bilhões, frustrando acionistas. O resultado é reflexo do ambiente de fortes estímulos monetários e fiscais. Além disso, o banco chegou a liberar US$ 5,2 bilhões em reservas para perdas com empréstimos, informa o balanço.
“Com estímulos, investimentos potenciais em infraestrutura, QE contínuo, fortes balanços patrimoniais de consumidores e empresas e euforia em torno do fim potencial da pandemia, acreditamos que a economia tem pode ter um crescimento extremamente robusto e plurianual”, afirma, no balanço, o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon.