10/04/2018 - 10:00
A startup americana Ripple anunciou no início de fevereiro que conseguiu levantar um investimento de US$ 65 milhões para dar mais fôlego à produção de leite à base de proteína vegetal. O aporte foi do Goldman Sachs. Com a cifra, somam-se US$ 108,6 milhões já investidos na empresa. Criada em 2015, a companhia faz parte de um grupo de empresas que estão na busca por alimentos livres de proteína animal. A base do “laticínio” da Ripple vem de uma proteína isolada obtida da ervilha. Além do leite, a empresa produz iogurtes e bebidas aromatizadas.
EVENTO
Sede da inovação
No mês passado, o Brasil foi confirmado como sede do Thought for Food Summit, conferência global de inovação na agricultura e cadeia de alimentos. O evento será de 23 a 27 de julho de 2018, na cidade do Rio de Janeiro. Desde que foi criado em 2014, será a primeira vez que o evento deixa os ares europeus. Berlin, Lisboa, Zurique e Amsterdã foram as sedes do evento nas edições anteriores.
MOBILIDADE
Fazenda pelo celular
A startup e-Agro lançou recentemente uma plataforma online capaz de monitorar a distância a gestão da fazenda, como o desempenho de colheita e a previsão de produção e de custos. A ferramenta é voltada para celulares e tablets com os sistemas iOS e Android. Em parceria com as consultorias Markestrat e a Pecege, o e-Agro também oferece pequenos cursos de capacitação para melhorar a gestão da fazenda. Atualmente, a empresa conta com cerca de 1,6 mil fazendas cadastradas, cobrindo 86,6 mil hectares no País.
ERA DAS MÁQUINAS
Embrapa na trilha da Internet das Coisas
A analista de sistemas Silvia Massruhá, chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, de Campinas (SP), foi uma das palestrantes do Fórum Mundial sobre a Internet das Coisas. O evento foi realizado em Cingapura, no início de fevereiro. Silvia apresentou as inovações brasileiras que vão da biotecnologia ao big data, tornando mais automatizada e sustentável os sistemas de produção agrícola no País. As pesquisas da estatal fazem parte do Plano Nacional de Internet das Coisas, lançado pelo governo no fim de 2017. A previsão é de que a implementação de IoT na agricultura gere um impacto de até US$ 21 bilhões até 2025.
AGROQUÍMICOS
Unidas contra a resistência
A alemã Bayer e a chilena LB-Track firmaram uma parceria em meados de fevereiro para descobrir métodos mais ágeis para identificar a resistência de plantas daninhas. Hoje fala-se em até sete de meses para obter um laudo. Um sistema de análise de fotos hiperespectrais dessas plantas pode dar essa resposta instantaneamente. A resistência é um dos problemas mais sérios da agricultura. Casos de resistência já foram reportados por 69 países, em 92 tipos de culturas. No Brasil, são 34 casos de plantas resistentes registrados espalhados em cerca de 34 milhões de hectares.
DRONES
Da lavoura para o exército
A fabricante gaúcha de veículos aéreos não tripulados (Vants) e drones para a agricultura, Skydrones, passa a fazer parte do time estratégico de tecnologia de defesa do exército brasileiro. Em fevereiro, a startup recebeu essa consideração do Ministério da Defesa. Com isso, a Skydrones pode contar com a estrutura das Forças Armadas, além de receber incentivos do governo federal para o desenvolvimento de aeromodelos. Na fila está uma atualização do Zangão V, vant de destaque da companhia para o mapeamento de áreas agrícolas, agrimensura e monitoramento ambiental.
INDICAÇÃO
Brasil no Oscar das agtechs
A startup agrícola Solinftec, de Araçatuba (SP), é a única empresa indicada ao AgFunder Innovation Awards 2018, uma espécie de Oscar no mercado global das agtechs. A empresa desenvolve equipamentos de agricultura de precisão, como monitores de colheita e de previsão de tempo. Hoje, a tecnologia da empresa cobre cinco milhões de hectares de lavoura de cana, cerca de 50% da cultura no Brasil. O prêmio é uma iniciativa da americana AgFunder, uma plataforma global de investimentos do mercado de empresas iniciantes em tecnologia agropecuária.