A Associação Brasileira de Angus, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), inicia neste mês o Teste de Eficiência Alimentar Angus 2018. Cerca de 30 animais de várias regiões do País serão avaliados pelo Consumo Alimentar Residual (CAR), uma medida que mostra animais superiores. O CAR é uma característica de eficiência alimentar. Ele é calculado pela diferença entre o consumo de alimentos de um animal e aquilo que previamente foi estipulado para ele, tendo como base o ganho de peso desse animal.

Trocando em miúdos, quanto menos alimentos um animal comer e mais peso ganhar, melhor ele é. Como a eficiência alimentar é uma característica herdada, deixar descendentes no rebanho pode trazer mais lucro para uma propriedade. Os animais angus que estão em teste nasceram em 2016 e já integram o Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo), da Associação Nacional de Criadores. Eles permanecerão confinados na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, no município de Eldorado do Sul, ao custo de R$ 1,6 mil por cabeça e a cargo do produtor. Em média, os testes de CAR têm a duração de 70 dias.

Bebidas
Mais café no bule brasileiro

Os brasileiros devem tomar mais café em 2018. É o que prevê a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), com base em dados da Euromonitor, consultoria internacional especializada nos segmentos de bens de consumo, indústria e serviços. A demanda interna deve ser de 23 milhões de sacas de 48 quilos, 3,4% superior ao ano passado. É o segundo ano consecutivo de alta. Em 2017, foram 22,3 milhões de sacas. Com esse consumo, a indústria do café movimentou R$ 7,6 bilhões, valor 8,5% superior a 2016.

Nelore
Boi Verde no circuito

Divulgação

Já estão definidas as etapas do Programa Circuito Boi Verde 2018, promovido anualmente pela Associação de Criadores de Nelore há 18 anos. O programa serve para avaliar as carcaças de nelore abatido, quanto ao peso, acabamento e cobertura de gordura. São medidas que mostram animais superiores e com carne de qualidade. Na versão deste ano serão realizadas dez etapas nos Estados do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. A meta é avaliar sete mil animais que serão abatidos nos frigoríficos Frisa, JBS e Marfrig, parceiros do projeto. No ano passado, o circuito contou com oito etapas e seis mil animais abatidos. O primeiro abate deste ano acontece em Araguaína (TO), em junho, e o encerramento será em novembro, em Nova Xavantina (MT). Para acompanhar o circuito acesse
nelore.org.br

Portos
Carga transparente

As exportações de produtos e subprodutos de origem animal submetidas ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), embarcados em quaisquer terminais do País, ganharam mais segurança. Agora, elas devem ser registradas no Novo Processo de Exportações e no Portal Único de Comércio Exterior, um sistema eletrônico. A medida serve para os embarques de carnes de ave, bovina e suína de 410 empresas. Em 2017, elas embarcaram US$ 14,9 bilhões.

Mulher tem de ser dona de sua carreira

CARMEM PEREZ, presidente do Núcleo Feminino do Agronegócio (NFA) (Crédito:foto: Marcelo Fernandes Uemura)

Todos os meses, as 26 fazendeiras do Núcleo Feminino do Agronegócio (FNA), se reúnem para um evento. A presidente do grupo é Carmen Perez, 38 anos, com fazenda em Goiás. Essas executivas, donas de seus próprios negócios, se encontram em sessões fechadas, dias de campo ou em palestras com especialistas. No mês passado, o tema do encontro em São Paulo foi os desafios do poder feminino. Muito diferente dos temas geralmente escolhidos, como gestão, administração, economia, genômica, mão de obra e educação.

As mulheres que participam do NFA já têm muito poder em seu ambiente de trabalho. Falta algo?
As mulheres precisam ouvir experiências de fora de seu universo, enxergar outras realidades diferentes da sua. Às vezes, mulheres que têm poder não sentem muito preconceito de gênero, mas ele existe. Ele está em todo o lugar.

Qual o desafio para uma mulher em busca de poder?
A mulher fica tentando se encaixar em um modelo. Bater cartão, por exemplo, quando o grande desafio é entregar um trabalho.

Como fazer isso?
É um desafio o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Mas uma mulher pode ser executiva, uma administradora de fazenda, sem abrir mão da maternidade, por exemplo. Ela pode se impor sem abrir mão do feminino.

Existe uma fórmula para isso?
É preciso estar atenta para que a gente não se boicote. Há muitas diferenças entre as mulheres e há outras fragilidades além das nossas.