O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu nesta terça-feira, com investidores monitorando indicadores dos dois lados do Atlântico. Além disso, o peso argentino voltou a recuar, com dúvidas sobre o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que precisará do aval do Congresso.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 114,73 ienes, o euro subia a US$ 1,1272 e a libra tinha baixa a US$ 1,3525. O DXY recuou 0,16%, a 96,385 pontos.

O dólar já recuava no início do dia, antes dos dados, após ganhos recentes com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no radar. Na agenda europeia do dia, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da zona do euro subiu a 58,7 em janeiro, mas ficou abaixo da preliminar e da expectativa dos analistas.

Já a taxa de desemprego da região caiu a 7% em dezembro, ante previsão de 7,2%. Para a Pantheon, a indústria da zona do euro ganha força, mas ainda não está fora de perigo, com problemas nas cadeias de suprimento.

Na política monetária, o ING ainda comentava, em relatório a clientes, que a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, pode decepcionar as expectativas do mercado de uma política monetária mais restrita, enfraquecendo o euro.

Na agenda dos EUA, o PMI da indústria do ISM caiu a 57,6 em janeiro, ante previsão de 57,4 dos analistas. Os investimentos em construção no país cresceram 0,2% em dezembro ante novembro, abaixo da expectativa de alta de 0,7%.

A Western Union afirmou que o dólar continuava a se ajustar em baixa, após tocar máximas em um ano e meio com a postura do Fed. Além disso, disse em relatório que a força do euro não era algo surpreendente hoje, já que a taxa de desemprego na região atingiu mínima recorde.

Ante moedas emergentes, o dólar subia a 105,1480 pesos argentinos, no horário citado. A moeda da Argentina voltou a ser pressionada com avaliações sobre o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no radar. Para a Eurasia, a saída de Máximo Kirchner da liderança da bancada governista na Câmara dos Deputados dificulta a tarefa de aprovar o acordo no Legislativo.