A concessionária espanhola Acciona, responsável pelas obras da Linha 6-Laranja do Metrô, irá custear todas as medidas de reparo da cratera que atingiu a Marginal Tietê nesta terça-feira, 1º, informou o governo de São Paulo. “Ela (Acciona) assumiu a responsabilidade sobre esses custos, sejam eles da obra, sejam eles de recuperação física do espaço, sejam também das medidas que a Prefeitura terá de adotar, ainda que temporariamente, para melhorar o fluxo na região”, disse o governador João Doria (PSDB).

Um desmoronamento em uma obra da Linha-6 do Metrô na manhã desta terça fez ceder parte do asfalto da via no sentido Ayrton Senna. O acidente ocorreu nas imediações da Ponte do Piqueri, na zona oeste de São Paulo, e, segundo informações preliminares do governo, teria sido causado pelo rompimento de uma coletora de esgoto.

A Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) informou que houve o rompimento de uma galeria de esgoto que passa no sentido transversal ao túnel da obra do metrô. O início do vazamento foi registrado às 8h21. O solo não suportou o peso da galeria de esgoto e, com isso, se rompeu.

Conforme a Acciona, não houve choque do tatuzão, equipamento de perfuração de túneis, com a galeria de esgoto, pois a tuneladora passava a três metros da galeria no momento da ocorrência. Essa hipótese havia sido apresentada inicialmente pelo Corpo de Bombeiros.

O motivo da ruptura ainda não foi esclarecido. Não houve vítimas. Quatro trabalhadores da obra foram socorridos após contato com a água do esgoto, mas liberados em seguida. O Ministério Público de São Paulo instaurou um inquérito civil para apurar as causas.

Enquanto as investigações ocorrem, uma reunião com os técnicos da STM, da Sabesp, da concessionária Acciona e da Prefeitura de São Paulo definiu que o buraco será preenchido com “material rochoso e argamassa”. A intenção é estabilizar o local o quanto antes para que a via possa ter sua circulação retomada.

Trânsito na Marginal Tietê

O acidente e a interdição na Marginal do Tietê causaram transtornos nesta terça. O trânsito ficou lento na marginal e em outras vias da cidade. No início da tarde, houve a liberação total da pista expressa da Marginal do Tietê, mas outras faixas seguiam interditadas para avaliação de risco. O rodízio municipal de veículos foi suspenso.

Como medida paliativa, a Prefeitura de São Paulo publicou no Diário Oficial desta quarta a autorização para a implantação de um desvio. A medida prevê uma rota pela Rua Aquinos, na Água Branca, que será estendida por mais uma quadra, no sentido das Rodovias Castelo Branco e Ayrton Senna.