O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu nesta quarta-feira, enquanto o euro se fortaleceu, com investidores atentos a indicadores dos Estados Unidos e da Europa. A libra também subiu, tocando máximas em mais de uma semana, na véspera da decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 114,45 ienes, o euro subia a US$ 1,1310 e a libra tinha alta a US$ 1,3573. O DXY recuou 0,47%, a 95,936 pontos.

O DXY já recuava no início do dia, mas o movimento foi ampliado, diante da força do euro. A moeda comum subiu após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro avançar 5,1% em janeiro, na comparação anual, máxima histórica e acima do esperado por analistas.

A libra, por sua vez, foi apoiada pela expectativa com o BoE. Analistas em geral esperam alta de juros pelo banco central nesta quinta-feira. A Western Union destacava o movimento da moeda britânica e também do euro, neste caso diante da força da inflação. O BBH complementava que o euro era apoiado também diante da expectativa com o Banco Central Europeu (BCE), que não deve elevar juros em breve, mas pode sinalizar mais claramente a intenção de agir para conter a trajetória inflacionária.

Nos EUA, a ADP informou que foram fechadas 301 mil vagas de emprego no setor privado dos EUA em janeiro, o primeiro corte desde o fim de 2020 no país. Analistas previam avanço de 200 mil postos. A Pantheon considerou, porém, que o dado revelou pouco sobre o mercado de trabalho, já que o mês foi afetado pela onda de casos de covid-19 causada pela variante Ômicron.