O dólar esticou as máximas a R$ 5,3418 (alta de 0,88%) no mercado à vista e a R$ 5,3720 no contrato futuro de março há pouco. O diretor da corretora Ourominas, Mauriciano Cavalcante, avalia que o resultado do payroll (dado de emprego) dos Estados Unidos em janeiro veio três vezes maior do que o esperado e gera expectativa de alta mais agressiva dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em março.

“As apostas para alta de juros em março, que estavam concentradas em 0,25 ponto porcentual, passaram a projetar elevação de 0,50 ponto dos Fed funds na próxima reunião do Fed”, afirmou a fonte.

Isso gera demanda defensiva por dólar, pesando contra moedas emergentes e ligadas a commodities, entre elas o real, peso mexicano, peso chileno, observa Cavalcante.

Segundo ele, com possível alta mais forte dos juros nos EUA e com o Comitê de Política Monetária (Copom) indicando alta menor da Selic em março, o fluxo cambial de estrangeiro deve diminuir para o Brasil e outros países emergentes, com busca de maiores retornos em Treasuries e no dólar americano.