03/06/2022 - 9:42
O dólar opera em alta na manhã desta sexta-feira, 3, alinhado à tendência no exterior e também com avanço discreto dos retornos dos Treasuries. Os investidores adotam cautela em meio a risco fiscal interno e compasso de espera pelos dados oficiais de emprego nos Estados Unidos, no relatório payroll de maio, que devem dar o norte aos mercados globais e no Brasil nesta sexta-feira. O temor fiscal deriva da movimentação de aliados políticos do presidente Jair Bolsonaro, que estariam pressionando a área econômica para aprovação de um decreto de calamidade, liberando gastos das amarras do teto em ano eleitoral.
Lá fora, o índice DXY do dólar sobre ante pares principais e também em relação a grande parte das divisas emergentes e ligadas a commodities, após PMIs de serviços e composto de maio mais fracos que o esperado na Alemanha e zona do euro, assim como a decepção com as vendas no varejo do bloco econômico, que cederam 1,3% em abril ante março, ante previsão de avanço de 0,1% dos analistas.
No Brasil, os agentes dos mercados olham o resultado da produção industrial, que subiu 0,1% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, ficando abaixo da mediana positiva de 0,2% e dentro do intervalo das projeções (queda de 1,0% a alta de 1,0%). Em relação a abril de 2021, a produção caiu 0,5%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um recuo de 2,4% a alta de 0,9%, com mediana negativa de 0,6%. No acumulado do ano, a indústria teve uma queda de 3,4% e, em 12 meses, a acumula recuo de 0,3%.
Às 9h21 desta sexta-feira, o dólar à vista subia 0,46%, a R$ 4,8099. O dólar para julho ganhava 0,20%, a R$ 4,8485.