O dólar segue em alta na manhã desta segunda-feira, 13, em meio a novos ganhos da moeda norte-americana e dos retornos dos Treasuries em cenário de aversão a risco, por expectativas de altas de 50 pontos-base (pb) nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), na quarta-feira, e pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), na quinta, quando os mercados locais ficarão fechados pelo feriado de Corpus Christi.

A cautela externa hoje ecoa ainda a divulgação da semana passada do salto anual do índice CPI dos EUA de 8,6% em maio, no maior nível desde dezembro de 1981, e mensal de 1,0%, o que reforçou apostas de aperto agressivo do Fed.

Monitoramento pelo CME Group mostra que a aposta de alta de 75 pb na reunião de julho do Fed se tornou majoritária e para esta quarta-feira, há 86,0% de probabilidade para aumento de 50 pontos-base, à faixa entre 1,25% e 1,50%.

No Brasil, a expectativa é a de que o Comitê de Política Monetária (Copom) também deva elevar a Selic em 50 pb na quarta-feira, de 12,75% para 13,25%, segundo apostas majoritárias dos investidores após o alívio com o IPCA de maio. Mas algumas instituições acreditam que o Copom poderá deixar também a porta aberta para elevação adicional na Selic em agosto.

Mais cedo, dados de atividade do Reino Unido mais fracos que o esperado ajudam também a manter o euro e libra pressionados ante o dólar e com investidores à espera da decisão do Fed e do BOE.

A produção industrial do país encolheu 0,6% em abril ante março, contrariando a previsão de alta de 0,1% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Já o PIB britânico encolheu 0,3% em abril ante março, ante previsão de alta de 0,1% dos analistas. Os retornos dos bônus da Europa avançam.

Nos EUA, há pouco, as curvas de juros dos bônus de 2 e 10 anos chegaram rapidamente a inverter, o que para alguns analistas pode ser prenúncio de recessão mais à frente.

Às 9h35, o dólar à vista subia 0,91%, a R$ 5,0348. O dólar para julho ganhava 0,87%, a R$ 5,0605.