28/06/2022 - 12:32
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou nesta terça-feira, 28, que a intenção do Congresso e do governo é conceder o vale-gás a famílias de baixa renda mensalmente, como antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Hoje, o benefício é dado a cada dois meses. O parlamentar acompanhou o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em evento de entrega de moradias em Maceió (AL) e voltou a defender o governo.
De olho na eleição de outubro, quando Bolsonaro vai disputar um segundo mandato no comando do País, o Palácio do Planalto negociou com o Congresso incluir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis um aumento do Auxílio Brasil, o programa social que substituiu o Bolsa Família, de R$ 400 para R$ 600, a ampliação do vale-gás a famílias de baixa renda e um voucher de R$ 1 mil por mês a caminhoneiros autônomos afetados pela alta do preço do diesel.
“Quem recebe um botijão de gás a cada dois meses, vai receber um botijão de gás a cada mês”, disse Lira.
Se aprovadas, essas medidas durariam somente até o final do ano. O governo considera, ainda, decretar estado de emergência para não esbarrar na lei eleitoral.
Na última sexta-feira, 24, o relator da PEC, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), informou que o conjunto de benefícios sociais, batizado por técnicos nos bastidores de “pacote do desespero”, deve ter impacto fiscal de R$ 34,8 bilhões fora do teto de gastos – regra que limita o crescimento das despesas do governo.
“A nossa luta no Congresso Nacional, ao lado do presidente Bolsonaro, é para abaixar o preço da energia, porque eu sei a agonia que ele passa naquele gabinete. Todas as vezes que a Petrobras anuncia um aumento nos preços dos combustíveis, eu chego lá no gabinete e ele está angustiado, amargurado”, disse Lira.
O presidente da Câmara afirmou também que nesta semana “nasce” no Congresso a ideia de aumentar o Auxílio Brasil e que vai fazer tudo o que for possível para aprovar a PEC.
Lira exaltou ainda a aprovação do teto de 17% para o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo, já sancionado por Bolsonaro, e pediu voto para o presidente, que vai concorrer à reeleição em outubro.
“Vamos fazer de tudo para Bolsonaro ter a maior votação proporcional do Nordeste”, declarou o presidente da Câmara.