25/10/2019 - 14:25
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou nesta sexta-feira que 6.954.399 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a peste suína africana. O número representa um aumento de 215 mil animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 17 de outubro. Os dados da FAO foram atualizados até quinta (24). Os dados da FAO divergem das estimativas de mercado por contabilizarem somente os números divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.
O aumento se deve principalmente ao número de suínos descartados no Vietnã, que passou de 5,4 milhões para 5,6 milhões. É a pior condição em termos de número de animais levados ao abate sanitário. No país, segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, a epidemia atingiu 63 províncias desde o relato da doença, em 19 de fevereiro.
A FAO informou ainda que nove novos focos da doença foram detectados no continente. Dos novos casos, cinco foram verificados na Coreia do Sul, três nas Filipinas e um no Vietnã. Com a atualização, a FAO estima 574 focos da doença espalhados pela Ásia, ante 565 do relatório anterior.
No levantamento desta sexta, a FAO incluiu também a identificação de cinco novos focos da doença na Coreia do Sul, incluindo a cidade de Gangwon-do. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que desde que a doença foi notificada, três cidades foram atingidas, com 28 focos detectados e 54,1 mil animais eliminados.
Nas Filipinas, três novos focos da doença foram identificados nas províncias de Pangasinan, Nueva Ecija e Cavite, chegando a um total de 23 focos em sete províncias e uma cidade. Na última semana, mais 15 mil animais foram sacrificados. Desde 25 de julho deste ano, quando o Departamento de Agricultura local confirmou o primeiro caso, foram eliminados 62 mil suínos.
Nos demais países afetados, China, Coreia do Norte, Mongólia, Camboja, Mianmar, Laos e Timor Leste, os números ficaram inalterados em relação ao balanço anterior. A China tem a situação mais crítica em termos de extensão, com 160 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país, desde a identificação da doença 1,192 milhão de animais foram eliminados.
No Camboja, de acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, desde a identificação da doença, em 2 de abril, 2,85 mil animais foram mortos e cinco províncias foram atingidas. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso, detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando à eliminação de 3,115 mil animais, mais de 10% do plantel do país. No Laos, desde a detecção da epidemia, em 20 de junho, 165 focos foram relatados em 17 províncias e 39 mil animais foram eliminados.
A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado em 23 de maio, o que levou à eliminação de 77 animais. Em Mianmar, desde que o primeiro caso foi detectado pelo governo, em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com quatro focos e já levou ao abate sanitário de 163 animais. No Timor Leste, desde que o primeiro caso foi confirmado, em 27 de setembro, 100 focos foram identificados e 405 animais, sacrificados.