Um tiroteio em um bar na zona sul de Porto Alegre deixou três mortos e 22 feridos no domingo, 4. A terceira vítima do ataque – uma adolescente de 17 anos – morreu nessa terça-feira, 6. A investigação da polícia aponta que o caso é consequência da disputa entre facções criminosas locais.

Uma das facções tem atuação no Vale dos Sinos, na Grande Porto Alegre, e outra na zona sul da capital. No ataque de domingo, a facção do Vale dos Sinos teria contado com apoio de um terceiro grupo criminoso, com atuação no bairro Bom Jesus, zona Leste da Capital. “Porto Alegre hoje passa por um conflito entre duas facções, uma delas atuante na Vila Cruzeiro (zona sul) e a outra no Vale dos Sinos. Em princípio, esse ataque está dentro do contexto com essa disputa entre essas duas facções”, diz o delegado Eibert Moreira, diretor da Divisão de Homicídios de Porto Alegre e responsável pelas investigações.

O atentado aconteceu por volta das 22h de domingo, quando homens chegaram em um carro e dispararam contra os clientes de um bar na rua Rio Grande. O local estava cheio no momento do crime, pois uma comemoração estava sendo realizada no dia. Delegado de plantão que atendeu a ocorrência no dia, Augusto Zenon conta que testemunhas disseram que houve revide por parte dos frequentadores do bar. Um homem chegou a ser preso por porte ilegal de armas, mas foi liberado no dia seguinte.

Zenon relata ainda que o número de baleados é impreciso, já que no bar foram 25 baleados, sendo que dois morreram no dia. Uma mulher foi a vítima que faleceu na noite desta terça-feira (6), outras duas ainda saíram do local com ferimentos graves. Porém, segundo Zenon, ainda no domingo diversas pessoas buscaram atendimento em diferentes hospitais da cidade. “O pessoal saiu fugindo e foram, aos poucos, retornando em diversos hospitais”, relata o delegado sobre a dificuldade de precisar o número de vítimas do atentado.

Moreira relata que foram encontradas balas de pistolas 9mm e de espingardas calibre 12 no local do atentado. Ainda não há indícios sobre os autores do crime. O atentado aconteceu em uma onda de crescente violência entre as facções criminosas que atuam no Rio Grande do Sul, especialmente na disputa em Porto Alegre.