18/09/2022 - 14:50
O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em comício realizado em Florianópolis (SC), neste domingo, 18, que os governos petistas foram responsáveis por 88% das obras de transposição do rio São Francisco. “O golpista Temer fez 7%, e Bolsonaro 3%, e coloca na televisão que foi ele que levou água para o povo do Nordeste”, criticou.
A conclusão da obra, no governo de Jair Bolsonaro (PL), tem sido usada na campanha do presidente pela reeleição. O Nordeste é a região com maior vantagem de Lula sobre Bolsonaro nas intenções de voto.
Ainda sobre infraestrutura, o petista disse querer “desafiar os bolsonaristas a mostrarem uma obra que o Bolsonaro fez neste Estado, nesta cidade”, em referência à Santa Catarina e Florianópolis. “Eu acabei de visitar o Amazonas, a única obra dele é o desmatamento e o garimpo ilegal. Eu acabei de visitar o Maranhão, Montes Claros (MG), não tem uma obra dele. As obras que ele fala nós deixamos em construção no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e que eles acabaram.”
Educação
O candidato petista também declarou que é preciso desenvolver o conhecimento digital no Brasil para o País não ficar dependente do conhecimento “americano ou chinês”. Segundo ele, “precisamos de mais universidades, escolas técnicas, investir em tecnologia para enfrentar o conhecimento digital e não ficar dependurado no conhecimento americano ou no chinês”.
Lula destacou que a juventude brasileira é inteligente e que, por isso, “não precisamos depender da indústria americana ou da indústria chinesa. O Estado abre as portas e quem vai fazer é a juventude brasileira quando tiver oportunidade de trabalhar”.
O ex-presidente relembrou os feitos dos governos petistas, exaltando o crescimento do número de estudantes negros nas universidades. “Só tinha branco na universidade e hoje 51% são negros. Não é o Estado que faz. A gente criou oportunidade, abre a porta e deixa o povo andar”, pontuou.
Na sequência, Lula disse que, no seu novo governo, caso eleito, alguns ministérios importantes, como o ministério da mulher, da igualdade racial, da pesca e da cultura serão recriados. Prometeu que em cada capital brasileira será criado um comitê de cultura. Ele não mencionou o ministério dos povos indígenas, citado em outras ocasiões.
“Precisamos nacionalizar a diversidade cultural deste País. Os canais de TV não podem ficar mostrando para nós apenas o que é produzido no eixo Rio-São Paulo. A gente quer saber o que acontece no Pará, no Amapá, na Bahia, essa diversidade tem que ser estampada nos meios de comunicação para o Brasil ver que o Brasil tem muito mais que a dança dos famosos”, concluiu.