19/09/2022 - 8:50
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, reiterou nesta segunda-feira que os próximos aumentos de juros da instituição dependerão de dados econômicos. Desde julho, o BCE elevou suas principais taxas de juros em 1,25 ponto porcentual, numa tentativa de conter a inflação recorde na zona do euro.
Guindos, que falou durante evento organizado pelo Banco Sabadell, em Madri, também reafirmou a necessidade de que as expectativas de inflação sejam bem ancoradas.
Ele comentou ainda que a desaceleração econômica que a zona do euro está enfrentando, como resultado da crise energética deflagrada pela guerra da Rússia na Ucrânia, não será suficiente para reduzir a inflação no bloco.
Redução do balanço
O vice-presidente do BCE disse também nesta segunda-feira que a instituição ainda não discutiu quando ou como reduzir seu balanço. Ele afirmou também que ainda não houve discussões sobre qual seria o nível exato da taxa neutra de juros.
Comentou ainda que o BCE fará tudo que for necessário para trazer a inflação da zona do euro de volta à meta oficial, de 2%.
Em agosto, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) do bloco atingiu o patamar recorde de 9,1%.