O dólar mostrou mais força nesta quarta-feira, recuperando-se de perdas recentes. A libra fraca colaborou, em meio a dificuldades do governo do Reino Unido para convencer o mercado sobre seu pacote de gastos, e investidores também monitoraram indicadores.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia 144,51 ienes, o euro recuava a US$ 0,9893 e a libra tinha baixa a US$ 1,1339. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, na mesma hora registrava alta de 1,01%, a 111,179 pontos.

O DXY já exibia sinal positivo no início do dia, após perdas recentes. Além disso, na agenda de indicadores da Europa o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro recuou a 48,1 em setembro, na mínima em 20 meses. Para a Oxford Economics, os dados finais dessa pesquisa indicam que a região já está em contração.

No Reino Unido, a libra esteve sob pressão em meio a declarações da premiê Liz Truss. O PMI de serviços do país caiu em setembro, a 50,0, mas a moeda tem sido afetada pelo ceticismo do mercado com a proposta do governo de realizar cortes de impostos para estimular a economia.

O dólar ainda se fortaleceu em meio a indicadores dos EUA. Segundo a S&P Global, o PMI composto do país subiu a 49,5 e o de serviços, a 49,3, mas este um pouco abaixo da previsão de 49,2 dos analistas. Já o PMI de serviços do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) teve baixa a 56,7 em setembro, acima da expectativa de 56,0.

Ainda na agenda, o setor privado dos EUA criou 208 mil vagas em setembro, segundo a ADP. O resultado ficou um pouco acima da previsão de 200 mil postos. A balança comercial do país teve , mas a Capital Economics dizia que o dólar forte, ao lado da piora no quadro econômico global, devem retirar fôlego da balança americana.