Grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro, José Ricardo Salgueiro de Castro negou que o presidente e candidato à reeleição Jair Messias Bolsonaro (PL) seja maçom. Um vídeo do presidente discursando voltou a circular nesta semana e gerou especulações sobre a participação dele na associação. Os esclarecimentos do líder da sociedade no Rio sobre o encontro com Bolsonaro foram veiculados nas redes sociais pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, nesta sexta-feira, 7.

“A Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro repudia e lamenta que pessoas inescrupulosas estejam se utilizando de inverdades com o fim de atacar pessoas em instituições sérias achando que com este comportamento irão alcançar seus escuros objetivos”, declarou Castro.

O vídeo que voltou a circular nesta semana, segundo Salgueiro, é de 2017, quando Bolsonaro ainda era deputado federal. Ele teria sido convidado a discursar sobre o futuro do Brasil na loja maçônica Esfinge 22, em Volta Redonda (RJ).

O grão-mestre aproveitou também para frisar que a maçonaria não é uma religião. A associação se define como religiosa, mas, por exemplo, não é preciso renunciar de sua fé para ser maçom, embora acreditar no “Grande Arquiteto do Universo” seja exigência.

Conforme mostrou o Estadão, a corrida eleitoral do segundo turno começou marcada por ataques mentirosos relacionados à religião. Enquanto petistas exploraram uma possível ligação de Bolsonaro à maçonaria, Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de acusações de suposto “pacto com o diabo” e ao satanismo por parte de bolsonaristas.