O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu nesta terça-feira, 11, em meio a declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reforçando a expectativa de aperto monetário nos Estados Unidos. Além disso, a libra esteve sob pressão, com foco em declarações do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), e investidores também avaliaram projeções atualizadas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 145,84 ienes, o euro operava estável, em US$ 0,9711, e a libra tinha baixa a US$ 1,0986. O índice DXY registrou alta de 0,07%, a 113,221 pontos.

O DXY mostrava sinal positivo, mas chegou a recuar em parte da manhã, após ganhos recentes. De qualquer modo, o dólar seguia apoiado pelos sinais do Fed. Presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester ressaltou a inflação “inaceitavelmente alta e persistente” como grande desafio e disse que é preciso continuar com o aperto monetário, a fim de conter o quadro. Além disso, ela afirmou que não prevê nenhum corte de juros para 2023.

A Oanda comentava que o dólar era apoiado pelos ataques da Rússia contra alvos civis na Ucrânia, com o conflito no país se prolongando e o G7 realizando reunião de emergência para reafirmar o apoio a Kiev.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), por sua vez, publicou relatório com projeções atualizadas da economia global, mantendo a expectativa para 2022, mas reduzindo-a para 2023. O FMI ainda disse recomendar que os bancos centrais mantenham o ritmo no aperto em andamento, sem acelerá-lo, mas também sem pausa.

No Reino Unido, o BoE anunciou mais cedo a compra de gilts indexados para tentar conter “disfunções” no mercado. O FMI também mencionou a “turbulência recente” em alguns segmentos do mercado britânico. Mas o presidente do BoE, Andrew Bailey, disse em evento nesta tarde que, como previsto, os programas de compras de gilts devem terminar nesta sexta-feira, enquanto alguns agentes defendiam sua extensão. A libra reagiu em baixa às declarações de Bailey, o que contribuiu para apoiar o dólar.