O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, elevou a projeção para a inflação medida pelo índice em outubro, de alta de 0,30% para 0,40%. A mudança, de acordo com Picchetti, ocorreu devido à aceleração concentrada em Alimentação na segunda quadrissemana do mês, quando o grupo avançou de 0,13% para 0,44%.

Os cálculos do coordenador apontam que a batata inglesa (13,99% para 21,42%) contribuiu com 0,02 ponto porcentual para a alta de 0,42% registrada pelo IPC-S no período.

“Está tomando o papel do tomate como superstar das variações extremas. A ponta pesquisas recentes leva a crer que a pressão vai continuar até o fim do mês, está acima de 30%”, diz Picchetti.

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A contribuição em ponto porcentual foi a mesma que a fornecida pelo leite (-12,52% para -9,89%), que está com deflação em trajetória de desaceleração. Na ponta, o item recua 5,0%,

“Outros que estão pressionando dentro dessa história de desaceleração do ritmo de queda são os combustíveis”, acrescenta o coordenador.

Gasolina (-7,89% para -5,68%) na ponta recua 2,0%. Na segunda quadrissemana, o item adicionou 0,11 ponto ao IPC-S.

Na contramão, o principal vetor de contenção da aceleração do índice é passagem aérea (19,86% para 17,19%), de acordo com Picchetti.

“Está com alta, mas reduzindo o ritmo”, diz o coordenador, que calcula contribuição negativa de 0,06 ponto do item na segunda quadrissemana. Na ponta, passagem desacelera até aproximadamente zero.