19/10/2022 - 17:53
O dólar ganhou forças ante rivais nesta quarta-feira, após sessão com alta inflação na Europa no radar dos investidores. Falas de dirigentes de bancos centrais nas maiores economias do mundo também foram monitoradas.
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 149,87 ienes, o euro caía a US$ 0,9770 e a libra tinha baixa a US$ 1,1221. O índice DXY subiu 0,76%, a 112,984 pontos.
Analista na Convera, Joe Manimbo afirma que o dólar subiu de forma generalizada, à medida que o apetite por risco se moderou e os juros dos Treasuries tendo atingido novas máximas. “A divisa alcançou uma nova alta de 32 anos em relação o iene, enquanto também se fortaleceu frente o euro, libra e dolar canadense”, diz.
O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, disse hoje que os movimentos “excessivos e unilaterais” são desfavoráveis para a economia japonesa. A desvalorização da meoda local se dá em meio à política ultra-acomodatícia da instituição monetária.
Já na Europa, o índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) atigiu nível recorde na zona do euro, com alta anual de 9,9% no mês passado, enquanto no Reino Unido chegou ao patamar mais elevado desde 1982, com salto anual de 10,1% no mesmo período.
Em entrevista à Bloomberg, o presidente do Banco Central da Eslovênia e dirigente do BCE, Bostjan Vasle, disse que os juros devem subir em 75 pontos-base nas próximas duas reuniões. Já o vice-presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Jon Cunliffe, afirmou ter “confiança o suficiente” no mercado de Gilts, os títulos britânicos, para seguir com seu aperto quantidativo (QT, na sigla em inglês). O desenrolar da política britânica também seguiu na atenção dos operadores.