21/10/2022 - 17:35
O dólar se enfraqueceu ante rivais nesta sexta-feira. Operadores monitoraram notícia sobre possível desaceleração no ritmo de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em dezembro, além de indicadores da economia europeia. Ao fim do pregão, o iene, que tem operado nos menores em níveis em três décadas, virou para o positivo com suporta intervenção do governo e banco central japonês.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 147,45 ienes, o euro subia a US$ 0,9864 e a libra avançava a US$ 1,1302. O DXY registrou queda de 0,77%, a 112,012 pontos, com baixa de 1,15% na semana.
A divisa americana perdeu fôlego após a notícia do Wall Street Journal de que o Federal Reserve (Fed) pode diminuir a amplitude de alta de juros básicos na reunião de dezembro, com elevação menor que 75 pontos-base. Apostas monitoradas pelo CME Group também mostram maior probabilidade para tal movimentação e falas dos presidentes das distritais de Chicago e São Francisco, Charles Evans e Mary Daly, também estiveram no radar.
Próximo ao fim do pregão, o Nikkei Asia reportou, segundo fontes, que o governo e o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) teriam realizado intervenção no mercado cambial para dar apoio à moeda local, durante a madrugada de sábado no horário local.
Analista da Oanda, Edward Moya afirmou que a movimentação aconteceu “no tempo perfeito”, acompanhando desvalorização do dólar que já se dava pela notícia sobre o Fed.
Mesmo sem comentários oficiais de autoridades até o momento, mais cedo, o ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, havia reiterado sua preocupação com a desvalorização da moeda local e reforçado sua prontidão para uma intervenção cambial.
Quanto à Europa, houve a confirmação de que a líder da Câmara dos Comuns, Penny Mordaunt, irá participar da corrida eleitoral ao cargo de primeira-ministra, enquanto o ex-premiê Boris Johnson busca apoio para tal. Entre indicadores, as vendas no varejo britânico caíram mais que o preisto no mês passado, enquanto o índice de confiança do consumidor da zona do euro subiu, surpreendendo analistas.