Após a repercussão do vídeo em que um policial do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal diz ao ex-deputado Roberto Jefferson “O que o senhor precisar a gente vai fazer” ao prender o petebista neste domingo, 22, circula nas redes sociais texto em que um agente se identifica como o protagonista da gravação. “Eu vesti um personagem para desacelerar a situação da melhor maneira possível”, diz a mensagem, atribuída a Vinícius de Moura Secundo, lotado na Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro.

Como mostrou o Estadão, a fala do agente gerou desconforto entre delegados da PF. Jefferson recebeu a corporação a tiros e atirou granadas contra a equipe que tentava cumprir ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Nessa ofensiva, o ex-deputado feriu a agente Karina Miranda e o delegado da Polícia Federal Marcelo Vilela.

O texto que circula nas redes sociais, atribuído a Secundo, diz que a ‘responsabilidade da negociação era enorme’ e que ‘não havia condições de fazer uma entrada tática com tantas pessoas na casa e a informação que havia várias armas’.

“Virou um gerenciamento de crise, se sai um inocente ferido ou morto seria uma tragédia e nome da PF na lama!”, diz um trecho da nota. “Infelizmente não dá para colocar todos os detalhes aqui, mas tenham certeza que se a equipe do GPI estivesse no momento da troca de tiro o resultado poderia ser outros mas chegamos com uma situação de gerenciamento de crise, ai toda conduta muda!”, completa o texto.