04/11/2022 - 17:03
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avalia que houve nas últimas 48 horas “arrefecimento do ambiente de questionamentos” ao resultado das eleições, que deram vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último domingo, 30.
Pacheco acredita que o início da transição entre os governos, autorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), vai criar um ambiente de tranquilidade e pacificação até o dia da posse de Lula e do vice Geraldo Alckmin (PSB), em 1º de janeiro.
“Com a transição já em curso, autorizada pelas duas pontas, o atual e o novo governo, considero que a nossa tendência é do reconhecimento absoluto disso (resultado das eleições) e teremos um ambiente de tranquilidade até o dia da posse, que é algo absolutamente assegurado, não só por mim, mas pela sociedade brasileira”, disse o presidente do Senado em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira, 4.
“No dia 1º de janeiro de 2023, estaremos reunidos no Congresso Nacional para dar posse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao vice-presidente Geraldo Alckmin, e eu espero que isso aconteça em um ambiente de pacificação. É nisso que eu verdadeiramente acredito”, reforça Pacheco.
Após a derrota de Bolsonaro, apoiadores do presidente têm bloqueado estradas federais e feito manifestações pelo Brasil para questionar a vitória de Lula. Os protestos incluem pedidos por intervenção militar, o que é crime segundo a Constituição Federal, e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o mais recente boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF), das 15h03, havia somente 11 interdições nas estradas federais.
Pacheco defende o direito de manifestação, mas pondera que os atos vistos nos últimos dias “derivam para ilícito penal”.
“Manifestações dessa natureza, que obstam direito de ir e vir, que geram caos e que têm por conteúdo manifestações antidemocráticas, de retorno da Ditadura Militar, de questionamento da Constituição e questionamento de uma eleição legitimamente feita e que venceu a maioria soberanamente através do voto, isso deriva para algo ilícito, de natureza civil, e de natureza penal”, afirma.
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