10/11/2022 - 18:38
O dólar se enfraqueceu nesta quinta-feira, 10, ante as moedas rivais, após a divulgação dos dados do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que cravaram a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) deve desacelerar a alta de juros.
O índice DXY perdeu 2,12%, a 108,206 pontos – no maior declínio desde 2009, segundo a Dow Jones Newswires. Ao fim da tarde, o dólar caía 141,25 ienes, o euro subia a US$ 1,0192 e a libra tinha alta a US$ 1,1709.
O CPI americano avançou 0,4%, na comparação mental, e 7,7% anualmente, em outubro, quando mediana dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast apontava para alta maior, de 0,6% e 7,9%, respectivamente. Já o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, teve alta mensal de 0,3% em outubro, ante expectativa de avanço de 0,5%.
A Capital Economics acredita que os dados de hoje marca o início de uma tendência desinflacionária que convencerá o Fed a interromper seu ciclo de aperto no início do próximo ano, com a taxa básica de juros atingindo um pico de 4,50% – 4,75%, e começar a cortar as taxas novamente antes do final de 2023. Já o CIBC diz esperar que o CPI dê “algum alívio” para os formuladores de política BC americano, porém, o núcleo do índice ainda justifica uma alta “de tamanho grande” em dezembro.
Neste cenário, a Convera destaca que o relatório ofereceu evidências claras de que os aumentos agressivos de juros do Fed começaram a dar frutos econômicos. “Com a inflação ainda quente e muito acima da meta de 2% do Fed, mais aumentos de juros são esperados pelo banco central dos EUA. Mas o ritmo dos aumentos das taxas pode desacelerar e o nível máximo pode não precisar ser tão alto quanto o esperado recentemente, uma perspectiva negativa para o dólar e positiva para o risco”, diz a corretora.
O Banco Central do México (Banxico) decidiu hoje elevar a taxa básica de juros em 75 pontos-base, a 10%. Neste cenário, o dólar caiu a 19, 3678 pesos, ante 19,5968 na tarde de ontem.