17/11/2022 - 7:53
A cidade de São Paulo começa nesta quinta-feira, 17, a vacinação contra a covid-19 de crianças na faixa etária entre 6 meses e menos de três anos (2 anos, 11 meses e 29 dias). Inicialmente, serão aplicadas doses para as crianças indígenas e com comorbidades. Nas últimas semanas, o Brasil tem enfrentado uma nova onda de casos de coronavírus e médicos têm alertado sobre a necessidade de ampliar a cobertura vacinal.
A capital paulista administrará cerca de 34 mil doses da vacina Pfizer pediátrica, ou Pfizer Baby, distribuídas para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na quarta-feira, 16. O esquema vacinal será de três doses, com a segunda aplicada após um intervalo de quatro semanas (28 dias) da primeira e, subsequentemente, a terceira depois de oito semanas (56 dias).
Os responsáveis pelas crianças deverão apresentar comprovantes, dentro da validade, da condição de risco, com identificação da criança e carimbo do médico com número do Conselho Regional de Medicina (CRM).
Os horários de vacinação serão de segunda a sexta-feira, das 7 horas às 19 horas, nas UBSs e aos sábados nas UBSs integradas. Caso haja doses remanescentes, as crianças dessa idade sem comorbidades poderão receber o imunizante, mas devem ser moradoras da região, com apresentação de comprovante de endereço requerido em inscrição prévia.
O jornal O Estado de S. Paulo mostrou, porém, que a quantidade de doses repassadas para a Secretaria da Saúde paulista é suficiente para imunizar apenas 1/3 das crianças com comorbidade no Estado de São Paulo.
O número de doses pediátricas da Pfizer enviadas pelo Ministério da Saúde ao Estado foi de 206 mil dose.
Em São Paulo, 195 mil crianças se enquadram no público-alvo. Como a imunização se completa com a aplicação de três doses, só 68 mil pequenos poderão receber o imunizante.
Em setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou a aplicação do imunizante pediátrico da Pfizer para todas as crianças na faixa etária de seis meses a dois anos, 11 meses e 29 dias. O Ministério da Saúde, porém, só entregou os lotes de vacina nesta semana e optou por restringir a administração do produto para o público com comorbidades.
Desde o início da pandemia, a gestão Jair Bolsonaro tem sido alvo de queixas pela demora na compra e na liberação das vacinas, cuja segurança e eficácia foram colocadas em xeque várias vezes pelo próprio presidente. Entidades científicas e a Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, já confirmaram a segurança e a eficácia dos imunizantes, com base em acompanhamento e pesquisas.
A capital paulista também segue aplicando os imunizantes anticovid para os demais grupos pediátricos e também em adolescentes e adultos.